A viagem de circum-navegação que Fernão de Magalhães fez ao serviço da Coroa de Castela vai ser o mote de um Congresso Internacional promovido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e pela Estrutura de Missão do V Centenário da Primeira Viagem de Circum-Navegação. Quinhentos anos depois desta viagem (que aconteceu de 1519 até 1522), Fernão de Magalhães e Elcano continuam a ter muito a dar ao mundo.
Os dois homens mostraram que o mundo está ligado e a importância do mar nesta comunicação. Para o enviado especial das Nações Unidas para os Oceanos, Peter Thomson, caso os navegadores fossem vivos ficariam assustados com a poluição do mar. Caso nada for feito, até 2050 haverá mais plástico do que peixe. Das cinco naus que saíram nesta expedição histórica (feita contra a vontade do rei português, D. Manuel), que também contou com a participação de marinheiros portugueses, apenas a Victoria voltou ao território peninsular.
Os trabalhos vão acontecer na UTAD (no primeiro dia) e no Espaço Miguel Torga, em Sabrosa. De 28 a 29 deste mês, o congresso vai fechar o ciclo de iniciativas que aconteceu em torno da viagem de Fernão de Magalhães – Elcano (1519-1522). Séries e a candidatura dos documentos que relataram esta viagem a património da UNESCO foram algumas das atividades que celebraram o V Centenário da Primeira Viagem de Circum-Navegação.
Este congresso vai contar com a presença de vários especialistas que vão debater temáticas como: A imagem do Eu e do Outro nos territórios encontrados; O exotismo espacial, histórico e climático: a fauna, a flora e o clima ou A globalização no século XVI e contactos interlinguísticos.
