El Trapezio

Portugal comemora o 99º aniversário de José Saramago, o orgulho nacional

As comemorações do centenário de José Saramago arrancaram oficialmente. Os alunos em idade escolar, tanto em Portugal como em Espanha (e em outros países da América Latina), leram em simultâneo o conto A Maior Flor do Mundo. Este conto defende que «cada um deve fazer algo maior que ele próprio». Todas as obras de Saramago apresentam uma mensagem atual, como é o caso das alterações climáticas tão em voga.

O primeiro-ministro António Costa espera que nasça uma nova geração de leitores e que Saramago não seja o único escritor português (ou de língua portuguesa) a ganhar o Nobel. Na escola Básica Integrada Fernando Casimiro da Silva, onde participou no arranque das comemorações, Costa demonstrou o orgulho que os portugueses sentem pela figura de José Saramago. O autor é um dos grandes marcos da cultura portuguesa do século XX e mesmo após a sua morte continua a ser relembrado. A ministra da Cultura, Graça Fonseca, foi a Casa dos Bicos depositar um ramo de flores na oliveira onde estão as cinzas do escritor.

O teatro municipal São Luiz, em Lisboa, recebe a sessão de abertura do programa internacional que celebra a vida e obra do escritor. Saramago em 1998 ganhou o Prémio Nobel da Literatura. Antes do concerto da Orquestra Metropolitana, a escritora Irene Vallejo vai ler um Manifesto pela Leitura.

Também existiram atividades na Rede de Bibliotecas José Saramago, foi inaugurada uma exposição em Almada e um mural em Leiria.

A UTAD criou a primeira Cátedra José Saramago no país. A 47.ª Feira do Livro do Funchal recebeu um conto musicado de José Saramago. No local onde nasceu, na Azinhaga (na Golegã), foi plantada a 99.ª das 100 oliveiras para Saramago. Esta iniciativa está a ser dinamizada pela Fundação José Saramago há dois anos. Cada uma das árvores tem um nome de uma personagem da sua obra e a última vai ter o nome da sua avó, Josefa.

«A ideia seria, recuperando um pouco a mágoa que o próprio José Saramago várias vezes referiu, pelo facto de na Azinhaga já não existir o olival e as oliveiras como ele tinha conhecido em criança», contou á imprensa a curadora da Fundação José Saramago responsável por este projeto, Ana Matos. A última árvore chegará ao solo do Ribatejo a 16 de Novembro de 2022, data que acaba as comemorações do centenário de José Saramago, o escritor para a eternidade.

Salir de la versión móvil