El Trapezio

Depois dos incêndios, Portugal e Espanha pretendem preparar Pactos para as Florestas para as próximas décadas

Montenegro quer um pacto para as florestas para consensualizar as populações. Este pacto será levado a Assembleia da república, onde será discutida a gestão dos fogos. O relatório será enviado para Bruxelas para conseguir financiamentos.

Um dos candidatos presidenciais, António José Seguro, quer um pacto entre gerações sobre prevenção e ordenamento das florestas. Outro dos candidatos, Gouveia e Melo, esteve presente numa das aldeias afectadas para ver o sofrimento das populações e para criticar a falta de uma voz de comando no combate a gestão de incêndios. André Ventura (sobre o qual ainda não sabemos se será candidato presidencial) entregou bens aos bombeiros. A população ibérica está transtornada com os incêndios.

O pacto para a gestão das florestas terá uma duração de 25 anos. O objetivo é a «promoção de políticas para um bom ordenamento do território, para a valorização da floresta, para a rentabilização da produção florestal, para o estímulo da atividade económica, em particular da agricultura», como explicou Luís Montenegro. Muitos dizem que os fogos, que acontecem especialmente no norte e centro do país, são culpa da falta de ordenação da mancha florestal (com muitos pinheiros que ardem com facilidade), meios escassos e a fraca densidade populacional. Muitos imigrantes participaram no combate aos incêndios. Luís Montenegro rejeita declarar situação de calamidade, apesar de muitos autarcas já o terem pedido.

Estima-se que os fogos em Portugal possam ter levado a um prejuízo de trinta milhões de euros. Valor semelhante será gasto para receber, no próximo ano, uma prova da F1 no Algarve. Os campos já não são trabalhados como anteriormente. Esta gestão está a ser criticada pelo tarde acionamento do mecanismo de proteção europeu e pela atuação política. Tanto do próprio primeiro-ministro como da ministra da administração interna. Oito anos depois, Pedrógão Grande voltou a ter um foco de incêndio. Condomínio de Aldeia salvou casas na Pampilhosa da Serra apesar das burocracias. Esta é uma das medidas criadas por António Costa que não tem tido apoio. Como lembra o secretária-geral do PS, José Luís Carneiro. Em Espanha, os políticos também estão a ser responsabilizados. Tanto a nível autónomico como do governo central.

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