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Guterres fecha em Istambul acordo que vai permitir que cereais ucranianos cheguem ao mundo

Foi assinado em Istambul um acordo para desbloquear os cereais ucranianos que estavam nos portos desde o início da guerra. Vinte e cinco milhões de toneladas estão presos. Os dois países em conflito, Ucrânia e a Rússia, assinaram acordos separados com a Turquia e com a ONU para desbloquear esta situação. O documento terá um vigor de quatro meses, mas pode ser renovado.

Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, o fato destes cereais poderem navegar livremente pelo Mar Negro é «um alívio para um mundo necessitado». Este acordo é visto como o primeiro passo para travar uma crise alimentar global. Uma parte destes bens alimentares vão para nações em desenvolvimento, como é o caso de África ou do Sri Lanka.

A Ucrânia e a Rússia são dois dos maiores exportadores de cereais do mundo. Para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, desta forma será possível evitar a fome de milhões de pessoas. Na cerimónia de assinatura do documento, Guterres também lembrou que desta forma será possível «estabilizar os preços globais dos alimentos». O secretário-geral da ONU lembrou que desde o início da crise bélica fala todos os dias com Putin e com Zelensky.

A produção de cereais em Portugal no último ano foi uma das baixas dos últimos 35 anos (189,2 mil toneladas), o que agrava o grau de autoaprovisionamento. Já em Espanha, os preços encareceram até 88%, impulsionados pela atual situação. Desde o início da guerra, a inflação tem disparado em todos os países europeus para níveis não vistos há várias décadas.

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