O chefe de Estado de Angola, João Lourenço, é o novo presidente da União Africana. Alguns dos retos da presidência da UA de João Lourenço são: pacificação das regiões em conflito (como o que está na acontecer na República Democrática do Congo), a luta contra a desertificação e a manutenção das relações com os EUA e o grupo europeu. João Lourenço terá que implementar a Agenda 2063, que visa a integração económica, uma África próspera e pacífica. Para este ano, Angola escolheu a importância do investimento nas infraestruturas como factor de desenvolvimento de África.
Téte António, responsável pelos Negócios Estrangeiros, acrescentou que Angola “deseja ser farol de esperança e progresso durante o seu mandato”. João Lourenço acredita que existem “bloqueios” para a paz em África mas pretende trazer soluções para o continente.
Paz e segurança serão duas palavras centrais na presidência angolana. João Lourenço apresenta-se como um “campeão da paz” em África e a verdade é que desde que a guerra civil terminou em Angola, há mais de vinte anos, que o país estabelizou e é uma das potências no continente. É a primeira vez que um Presidente angolano assume a liderança da UA.
Este é um dos principais cargos no continente africano e coloca mais um líder lusófono numa posição de grande destaque, como é o caso de António Costa na Europa. Costa, que já falou com Lourenço, garantiu o empenho da UE para continuar a aproximar os dois continentes. Ainda este ano haverá uma Cimeira bilateral UE-UA. A esta lista de líderes lusófonos de destaque na diplomacia internacional podemos também destacar Lula da Silva ou António Guterres.
São mediadores no tabuleiro da política internacional. Mohamed OuldGhazouani, chefe de Estado da Mauritânia, foi o anterior presidente da União Africana. O primeiro dia da presidência, que começou neste sábado na Etiópia, coincide com a 38.ª cimeira da UA, que centrou-se no pagamento de reparações pelo colonialismo. João Lourenço fez o seu discurso de tomada de posse em português, que é uma das línguas oficiais da União Africana.
Angola celebra, este ano, os seus cinquenta anos de independência.