Antes da final ibérica da Nations League, que vai acontecer no domingo em Munique (Alemanha), os treinadores e jogadores das duas seleções falaram sobre o que esperam desta partida, que vai coroar a seleção com mais Nations League (cada uma tem duas taças).
Antes da bola começar a rodar em Munique, o duelo ibérico já está ativo e muito graças aos emigrantes de Portugal e de Espanha que vivem nesta cidade bávara. Exemplo deste duelo saudável é FC Español desta cidade, que está na 8° divisão do futebol alemão, tem um presidente espanhol mas o diretor desportivo é português. Um dos ubers que conduz em Munique, e deverá levar adeptos ao estádio, é um português que foi vizinho de Ronaldo na juventude de ambos na Madeira.
Nunca Portugal e Espanha se defrontaram com um título em jogo. Nas bancadas do estádio, onde habitualmente joga o Bayer de Munique, será possível ver Marcelo Rebelo de Sousa. Também poderemos esperar figuras de peso do Governo espanhol. Todos querem ir ver uma final para ver uma vitória.
Portugal e Espanha fizeram 43 partidas desde 1921. O domínio é espanhol, com 19 vitórias. Os portugueses venceram em oito oportunidades e foram 16 os empates. O primeiro jogo da história da seleção de Portugal foi contra os hermanos espanhóis. Desde então muita história foi escrita. Portugal e Espanha tem dois dos planteis mais valiosos do mundo. O selecionador português, demonstra estar «orgulhoso» pela equipa, resiliente e com muita personalidade (tal como o povo português) ter chegado a este patamar.
Portugal procura o seu terceiro troféu na seleção de maiores
A seleção das Quinas vai para a sua quarta final (Lisboa, Porto, Paris, Munique) e vai tentar um terceiro título perante uma dominante Espanha, a última seleção que venceu esta competição e também atual campeã da Europa. Título também conquistado em solo germânico. Num total, a La Roja, de Luís de La Fuente, tem oito troféus conquistados. Para Roberto Martínez, o «futebol ibérico vive o seu melhor momento», a caminho do Mundial 2030.
Portugal e Espanha são, também no futebol, muito parecidos e diferentes ao mesno tempo. O jogo poderá ser acompanhado nas estações públicas dos dois países, RTP e RTVE, e promete picos de audiência pois na semi-final que Portugal ganhou a Alemanha, 2-1, 4.4 milhões de pessoas viram os golos de Francisco Conceição e Cristiano Ronaldo. A final ibérica promete ficar na memória dos adeptos dos dois lados, independentemente do resultado final.
Esta será uma final especial para Roberto Martínez, que afasta alterações para um jogo que deverá levar a uma «inundação» de adeptos de Portugal e de Espanha a Munique. Nascido em Espanha, Roberto Martínez será apenas o segundo estrangeiro a levar Portugal a uma final (o primeiro foi o brasileiro Luís Filipe Scolari) e esta é a primeira vez na sua carreira que chega a uma fase decisiva. Sobre o valor sentimental de um Portugal-Espanha, Roberto Martínez afirmou que «há um aspeto sentimental, sou espanhol, mas isso é para uma conversa para ter com os netos, daqui a 10 ou 15 anos». Do seu lado na sala onde aconteceu a conferência de imprensa teve Cristiano Ronaldo, o capitão, que lembrou que Martínez se adaptou muito bem a realidade portuguesa, falando a língua e cantando o hino antes de cada jogo (veremos como fará no dia da final). Para Cristiano Ronaldo, uma vitória enaltece o trabalho de Roberto Martínez, que se fala que poderá ser despedido aconteça o que acontecer pois não foi escolhido pelo novo presidente da FPF, Pedro Proença. Caso isto aconteça, já se equacionam nomes como o de Jorge Jesus ou José Mourinho.
Este jogo vai opor a juventude de Lamine Yamal, de apenas 17 anos, a lenda dos relvados Cristiano Ronaldo (de 40 anos). Lamine já avisou que Ronaldo «é uma lenda mas eu farei o meu trabalho». Esta será uma batalha futebolística onde Ronaldo espera aumentar a sua cifra que tem como objetivo final os 1.000 golos.