El Trapezio

O acesso à habitação é o principal problema dos jovens de Portugal e de Espanha

Quando os jovens chegam a idade adulta, um dos sonhos é arranjar casa. Só que o acesso à habitação, problema comum aos dois países, bloqueiam a autonomia dos jovens adultos de Portugal e de Espanha.

Para além do problema do acesso à habitação, os jovens ibéricos lamentam, também, a instabilidade laboral ou a falta de poupanças para poderem investir em bens mais caros. Em vez de emancipados, estamos perante uma geração adiada. Existe vontade de sair de casa mas o sistema não tem respondido às suas necessidades. 24% dos jovens portugueses consideram os incentivos do Estado suficientes e 65% dos jovens espanhóis afirmam que os apoios raramente se concretizam. Precisasse de um novo paradigma habitacional em que o preço esteja baseado no custo de vida dos dois países. O problema da habitação parece não ter solução. O que provoca uma ferida social.

65% dos jovens não independentes planeiam emancipar-se nos próximos dois anos. No caso espanhol, 37% dos jovens gostariam de viver sozinhos, mas acabam por optar por partilhar casa com outros. Recentemente houve, em Portugal, mais uma manifestação que juntou muitos jovens e onde estes pediram um acesso a habitação mais acessível. Para os portugueses, os principais problemas do país são a saúde e a habitação. O Bloco de Esquerda lamenta que o governo de Luís Montenegro esteja a dar foco a imigração e não aos dois problemas referidos acima. Na Europa, Portugal é o país que lidera na subida dos preços das habitações.

As casas, sejam para comprar ou arrendar, estão cada vez mais caras comparando com os salários que têm. Um estudo feito em Portugal e em Espanha, pela consultora Century 21, indica que só um em cada três jovens acredita que vai conseguir comprar casa nos próximos anos. Em Espanha, quase metade dos jovens entre os 20 e os 40 anos estima que precisará entre cinco e 15 anos para fazer o que os seus pais sempre viram como certo. Que é ter uma casa própria. As duas gerações são cada vez mais desiguais apesar dos mais jovens terem mais qualificações académicas que os seus pais.

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