Num dia complicado, como já tinha avisado Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal tomou a mesma decisão de Espanha e mandou ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil devido aos incêndios. O líder do PS, José Luís Carneiro, já tinha pedido a ativação deste mecanismo há duas semanas. Período em que começaram alguns dos incêndios ainda ativos. A onda de calor ativa tem provocado incêndios em várias regiões do mediterrâneo, desde Portugal até a Turquia. Mais de 3.500 operacionais combatem os seis maiores incêndios no ativo. A grande maioria estão na região norte e centro do país. Uma nova negra começa a deixar o ar irrespirável nessas zonas onde até os jornalistas têm que andar de máscara.
O sul teve pequenos focos mas sem grande relevância. Até ao dia 13 de Agosto, a GNR esteve 42 pessoas em flagrante delito pelo crime de fogo posto. Muitas das pessoas foram detidas quando tentavam fazer contra-fogo. Tática de combate que só pode ser usada pelos bombeiros ou pessoas com formação.
Muitos fogos estão ativos e a concentração de motards de Góis foi cancelada devido a tudo o que está a acontecer. Até ao momento há um morto (antigo autarca) e um desaparecido a lamentar. Em muitos sítios, estes fogos estão a trazer 2017 e Pedrógão Grande à memória. Os populares estão a «lutar» contra os incêndios ao lado dos bombeiros. Para além de ajudarem a apagar os focos de incêndio, os populares dão mantimentos aos bombeiros que descansam onde podem.
Em Espanha, que também está a combater uma forte vaga de incêndio, os bombeiros de Mourão foram ajudar ao incêndio ativo em Huelva. A Comissão Europeia, através da voz de Úrsula Von der Leyen, confirmou que estão a ser mobilizados os aviões pedidos por Portugal. Roberta Metsola também afirmou que a UE está ao lado de Portugal na luta contra os fogos florestais.
Na festa do PSD, no Pontal (Algarve), Luís Montenegro disse que a avaliação aos incêndios deve ser deixada para depois e agora é o momento de «ganhar a guerra». Dois dos candidatos presidenciais, António José Seguro e Gouveia e Melo falaram sobre os incêndios. O primeiro lamentou o drama anual que temos nesta altura do verão. Já o segundo, que é um antigo militar, acha uma vergonha os aviões terem se avariado (Marrocos já tinha enviado aviões de combate aos incêndios) e criticou os líderes «alheios ao terror dos incêndios». Em 2017, Gouveia e Melo participou no combate aos incêndios. As populações lamentam não ver nenhuma figura politica a «dar a cara». A ministra da administração interna apenas aparece para alargar o estado de emergência (que se estende até domingo) e o primeiro-ministro e o presidente da república reuniram-se no Algarve. Onde ambos estão de férias. Este facto está a levar ao crescimento de uma onda de indignação nas redes sociais contra os políticos.