Portugal já produz energia sem ter que recorrer ao carvão

Com o fecho da central do Pego, Portugal passa para uma nova fase na produção energética

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A central do Pego deixou de produzir eletricidade a partir do carvão. Pela primeira vez, Portugal produz a sua eletricidade sem usar formas poluentes. Esta central termoelétrica tinha o seu encerramento já decretado mas sem mais carvão para queimar a passagem para uma nova forma de produção elétrica ficou decretada. A central do carvão do Pego tinha uma potência de 151 megawatts e operava desde 1993. O Pego era responsável por produzir 4% da eletricidade do país e era a segunda mais poluente.

Reconverter este complexo para a queima de biomassa é uma possibilidade indicada pelo governo. Uma das propostas, apresentada pela Endesa, opta por um projeto de energia solar e hidrogénio verde. O fim desta central acontece depois do encerramento, em Janeiro, da central termoelétrica da EDP em Sines. Estas eram as únicas centrais lusitanas que produziam eletricidade exclusivamente através da queima de carvão. 

Com este fecho, 150 pessoas ficam com o seu futuro incerto (neste complexo continua uma central de ciclo combinado de gás) mas o ministro do ambiente, Matos Fernandes, acredita que o fim do carvão «vai criar muitos empregos com as energias renováveis». O governante também afasta qualquer tipo de problema social. O sistema elétrico nacional fica assim apenas dependente da produção de origem renovável e das centrais de ciclo combinado alimentadas a gás natural. 

Esta forma de produção emitem cerca de metade do dióxido de carbono por cada megawatt hora de eletricidade face ao que as centrais a carvão poluem. A passagem de Portugal para a produção de energia sem recorrer ao uso do carvão é vista como histórica e é aplaudida pelos grupos ambientalistas. «Portugal deverá registar uma enorme quebra de emissões de carbono», assinala a associação Zero.

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