El Trapezio

Portugal vira à direita com a vitória da AD

As eleições legislativas que foram antecipadas devido a operação Influencer e a queda de António Costa levaram a que o país vira-se a direita, segundo o que apontam todas as sondagens a boca das urnas. Luís Montenegro, da AD, será o novo primeiro-ministro de Portugal com a possibilidade de chegar até aos 33%.

A AD já reagiu afirmando estar serena e confiante mas a primeira reação vincou a queda não só do PS como de todos os partidos de esquerda. O partido socialista, que ficará em segundo lugar segundo as sondagens, já respondeu afirmando que aguardam a contagem de deputados. A vitória da AD ganhará graças ao norte e ao distrito de Lisboa. Já no caso da esquerda, mesmo que todos os partidos se juntassem (como aconteceu em Espanha) não iriam conseguir ultrapassar a projeção de deputados que a AD pode ter (isto sem o IL ou Chega).

«Hoje é o dia em que se assinala o fim do bipartidismo em Portugal», afirmou André Ventura a chegada depois de saber que o Chega será a terceira força política mais votada. Já que podem alcançar até 47 deputados no parlamento.

Os resultados anunciados, com a vitória da AD, foi recebida na sede do IL com aplausos dos presentes que juntos poderão alcançar uma maioria absoluta. A junção da AD com o IL é mais bem vista do que com o Chega, algo que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa não quer ver no arco eleitoral.

O Bloco de Esquerda será a quinta força. Esta queda foi vista com algum desalento pelos presentes. O PAN poderá sair mesmo do Parlamento ou até mesmo chegar aos dois deputados. «Queremos um grupo parlamentar para ter mais força», disse Inês Sousa Real.

O que demonstra a «confusão» da noite eleitoral portuguesa. Outros dois partidos de esquerda mas em situação oposta é o Livre e a CDU. O partido de cariz europeísta tem o seu grupo parlamentar quase garantido com a possibilidade de conseguir seis deputados. Já a CDU perde metade dos seus deputados. Mesmo com este resultado, os comunistas consideram que a «luta vai continuar».

A abstenção é a mais baixa dos últimos vinte anos, algo saudado por todos os partidos políticos que participaram neste pleito eleitoral. Só em 2005 houve uma participação tão elevada numas eleições.

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