El Trapezio

Segundo as sondagens, a AD aumenta a sua vantagem enquanto o PS apela ao voto útil e dos indecisos

Com a campanha quase no seu término e com o anúncio oficial de Gouveia e Melo como candidtato a presidência da República (as eleições serão em Janeiro), as sondagens diárias apontam o aprofundar da crise do PS e a AD já consegue uma vantagem de nove pontos para o segundo classificado. Segundo a mais recente projeção da Pitagórica, a AD poderá ter 33,1%, o PS 24,6%, Livre 5,3%, BE 3,2%, IL 6,3%, PAN 1,1%, Chega 17,8% e a CDU com 3,2%. O número de indecisos voltou a crescer, 18,3%. Desde as primeiras eleições, há cinquenta anos, a abstenção tem vindo a crescer de ano para ano.

O anúncio de Gouveia e Melo já foi criticado pelo IL pois tira o foco às eleições. E muito já aconteceu nesta campanha eleitoral onde todos os políticos querem conseguir o máximo de votos. Para os liberais, e tal como o monarca Felipe VI deixou no seu discurso de aceitação do Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, um maior investimento na Defesa pode trazer «mais riqueza» para o país. O IL é visto cada vez mais como um possível companheiro de Governo.

Apontados como possíveis vencedores, a AD (junção do PSD+CDS) apresenta a sua candidatura como a do «povo». Algo que a Juventude Socialista diz que é de um povo que vai ao casino de Espinho (local de onde Luís Montenegro é). A AD tem pedido aos portugueses que dêem uma «lição aos profetas da desgraça, votando». Mesmo estando fora da coligação, desta vez, o PPM (Partido Popular Monárquico) também está a concorrer nestas eleições e o seu líder, Nuno da Câmara Pereira, já afirmou querer criar uma secretaria de estado para a cultura popular (este político é fadista).

Confrontações em campanha

Em Setúbal, que saltou para as manchetes por ter uma média superior a da Europa no que toca a mortalidade infantil (o SNS continua a preocupar os portugueses), o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, foi confrontado pela candidata do ADN (partido de extrema-direita), Joana Amaral Dias. «Merecem perder porque não sabem proteger as pessoas em tempos de crise», voltou a afirmar Pedro Nuno Santos sobre a atuação do Governo durante o apagão (o Governo espanhol já afastou a possibilidade de cibertaque). Os socialistas estão a queimar os seus últimos cartuchos na captação de votos.

Depois de se ter sentido mal e ter sido levado para o hospital de prevenção, André Ventura, do Chega, voltou às ações de campanha mas com mais calma. As campanhas dos diferentes partidos têm corrido o país de norte a sul.

O Livre pretende crescer, aumentar o seu número de deputados, e o seu porta-voz, Rui Tavares, vê o seu partido como um possível parceiro de governação. Tal como aconteceu durante a Geringonça com o Bloco de Esquerda e o PCP. Mas não é «um gato de adopção do PS» (a ação de campanha foi feita junto de animais).

Mesmo sendo associado com um público mais velho, e que viveu o 25 de Abril, a CDU pretende captar um eleitorado mais jovem e, provavelmente, indeciso. Paulo Raimundo afirma estar confiante e com mais traquejo político apesar de estar a concorrer contra «cordeiros em pele de lobo». O PAN, que pretende voltar a ter mais do que um deputado, acredita que as eleições não vão retirar as questões possam ter com Montenegro e a sua empresa Spinumviva, que continua a ter a sua sede na casa da família em Espinho.

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