«Astérix na Lusitânia», que leva a saudade nas suas páginas, está traduzido em várias línguas. Incluindo o espanhol, catalão, galego ou o basco. A tradução em mirandês vai sair em Fevereiro do próximo ano. O mirandês é uma língua oficial de Portugal que tem sido transmitida oralmente ao longo dos séculos, desconhecendo-se com exatidão o número de falantes deste idioma com o estatuto de ameaçada.
Nesta BD, Astérix e Obelix estão na Lusitânia no período do Império Romano, com muito Fado e pastéis de nata a mistura. Os protagonistas passeiam pela calçada portuguesa, o galo de Barcelos tem um capacete ao estilo romano e nas páginas do livro aparece uma fofura que os lusos conhecem bem, Viriato.
Os romanos cheguem mesmo a perder a vontade de lutar quando ouvem Fado, um dos patrimónios da humanidade. Na história, a dupla de heróis viajou até a Lusitânia para salvar um pequeno produtor de garum – um molho de peixe fermentado – acusado de ter envenenado César e que está prestes a ser enviado para a cova dos leões.
No período Romano, o garum era produzido em vários pontos do território português, desde Tróia (península de Setúbal) Algarve ou até Sesimbra. A sua importância para a economia romana na região é atestada por numerosos achados arqueológicos.
Apresentação em Madrid
Foi apresentado em Madrid, esta quarta-feira, o livro de banda desenhada «Astérix na Lusitânia», dos conceituados autores FabCaro e Didier Conrad. O evento decorreu na residência do embaixador de Portugal em Madrid, onde os presentes assistiram a um animado debate repleto de anedotas sobre o processo criativo da obra.

