Milhares de pessoas voltaram a reunir-se em Fátima para celebrar mais um 13 de Maio. O primeiro depois da morte de Francisco e do Conclave, que nomeou um novo Papa, Leão XIV. A peregrinação de Maio é considerada a mais importante do ano e levou a que se escolhesse uma data posterior a este (18) para as próximas legislativas. A fé também tem marcado esta campanha eleitoral.
Reunidos em Fátima estavam milhares de pessoas, anónimas e não só (uma delas era a mulher de Luís Montenegro), de inúmeros países. O que dava para ver através das bandeiras de países como a Polónia, França, Argentina ou México que flutuavam no ar. Foi há 108 anos que houve as aparições em Fátima. Estas começaram em Maio e terminaram a 13 de Outubro.
Na cerimónia lembrou-se o Papa Francisco, que esteve em Fátima duas vezes, e consagrou-se o novo pontificado a Nossa Senhora. Como é habitual nas cerimónias em Fátima é sempre um convidado para presidir a esta cerimónia internacional e o deste ano foi o cardeal brasileiro (por Porto Alegre) Jaime Spengler. Ao seu lado teve um dos cardeais portugueses, o D. António Marto. Falou-se sobre guerras e migrantes. Isto no mesmo dia em que o PM de Israel anunciou «guerra total» na Faixa de Gaza e com Portugal a começar a expulsar alguns migrantes (a primeira brasileira já saiu). Pediu para que não haja medo. No discurso final, o D. António Marto deixou um abraço aos «hermanos» espanhóis e da América Latina.
Na cerimónia foi usado um cálice oferecido pelo Papa Francisco ao Santuário aquando das comemorações do centenário. Acredita-se que a primeira viagem do Papa será à Turquia e na agenda também haverá uma volta a «casa», ao Perú, mas ainda não se sabe quando Leão XIV virá a Portugal. Antes do conclave, Prevost era o nome escolhido para estar a frente desta cerimónia do 13 de Maio mas conhece bem Nossa Senhora de Fátima graças ao tempo que passou no Perú. Os últimos quatro Papas estiveram em Fátima.