Depois da Restauração da Independência, Portugal vive mais um feriado. Desta vez o da Imaculada Conceição, a Santa Padroeira de Portugal e que foi coroada rainha por um dos monarcas portugueses.
Os mais antigos consideram o dia 8 de Dezembro como o verdadeiro Dia da Mãe. A Imaculada Conceição influenciou não só o restante continente europeu mas também a história de Portugal. O rei corou D. João IV a santa, com uma grande devoção no Alentejo, como a padroeira de Portugal. Em Barrancos, as celebrações natalícias começam neste dia com a procissão de uma imagem desta santa pelas ruas da vila. Os barranquenhos, vivendo ou não na localidade, vão até lá nos primeiros dias do mês de Dezembro para ver a estátua que sai, fazendo sol ou chuva (neste caso é protegida por um plástico).
Uma das imagens mais antigas está em Vila Viçosa e foi encomendada por D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável. Esta santa, muito associada a Casa de Bragança (a última dinastia reinante), está muito ligada a independência de Portugal. Seis anos depois da proclamação da Independência, dá-se a consagração da Imaculada como padroeira.
A Nossa Senhora da Imaculada Conceição é a «verdadeira rainha» de Portugal e os monárquicos defendem que a coroa portuguesa nunca caiu pois os reis de Portugal tinham deposto a coroa na santa. Ao contrário do que a maioria de nós poderia pensar, já que a Nossa Senhora de Fátima é a santa mais associada ao país. No Museu do Prado, em Madrid, existe um quadro da Inmaculada Concepción.
Em Espanha, a devoção remonta desde há séculos e em frente da embaixada de Espanha, em Roma, existe uma estátua da Imaculada Conceição. Tal como em Portugal, também é a patrona de Espanha. A esta santa é ligado o milagre de Empel, onde as águas congelaram, o que permitiu aos espanhóis romper o cerco imposto pelos holandeses. O milagre aconteceu durante uma batalha que decorreu entre os dias 2 e 8 de Dezembro de 1585.