Depois das dúvidas dissipadas, o presidente da República aprovou a nova versão da Lei dos Estrangeiros por esta «corresponde minimamente ao essencial». O novo regime dificulta as condições de acesso ao reagrupamento familiar. Para tal será necessário dois anos a viver legalmente no país para poder trazer os familiares para Portugal. O prazo de dois anos não se aplica no caso de filhos «menores ou incapazes» nem ao «cônjuge ou equiparado». Para conseguir a nacionalidade portuguesa, o imigrante terá que viver de forma continua no país durante, um mínimo, de cinco anos. Com a revisão, deixa de ser possível perder a nacionalidade.
O PS quer «equilíbrio» e especificidades tanto para os cidadãos da CPLP e da UE. En relação a CPLP, os cidadãos podiam entrar no país e já aqui pedir título de residência. O que chegou a provocar que muitos cidadãos de Timor-Leste entrassem no país, ficassem sem trabalho e a dormir em pleno Martim Moniz.
As filas na AIMA (Agência para a Integração Migrações e Asilo) continuam com estrangeiros a tentarem regularizar a sua situação no país. A política portuguesa de imigração foi explicada aos diferentes governos da CPLP. Os imigrantes terão que saber português (o que no caso dos países da CPLP já é normal) e ter conhecimentosnbasicos sobre o país onde estão a residir. Segundo os mais recentes dados, existem 1,5 milhões de imigrantes em Portugal. Deste valor, 85,5% da população está em idade para trabalhar. Desse milhão e meio de imigrantes há mais de um milhão de pessoas com título de residência.
O número de imigrantes em Portugal tem vindo a crescer
A população imigrante praticamente quadruplicou em sete anos. A nacionalidade brasileira mantém-se como a principal comunidade estrangeira residente em Portugal mas a indiana já está em segundo lugar. O antigo primeiro-ministro português, Passos Coelho (que está a apoiar Marques Mendes nas presidenciais), disse que António Costa é o responsável pela imigração descontrolada em Portugal e que qualquer dia os portugueses vão «sentir-se estrangeiros na sua terra».
Rui Tavares, do Livre, acredita que Pedro Passos Coelho está a querer agradar André Ventura na questão dos imigrantes. Um dos candidatos a Presidência da República, Gouveia e Melo, considera que a Lei dos Estrangeiros «não foi a melhor» e que a economia pode sofrer. Já que os imigrantes costumam ser aqueles que fazem os trabalhos menos qualificados. Gouveia e Melo lembra que a sociedade portuguesa está «envelhecida» e como tal precisa de «gente jovem». Portugal é dos países onde imigrantes mais ajudam a reduzir fardo fiscal do envelhecimento. Sem, seria preciso aumentar a carga fiscal para 43% do PIB.
O PSD, IL e CDS-PP aprovaram uma proposta do Chega para proibir o uso de burcas e véus em espaços públicos. Esta proibição é explicada com o direito das mulheres e questões de segurança.