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Dois ex-primeiros-ministros vão lutar pela presidência da Guiné-Bissau após a derrota de Vaz

Os ex-primeiros-ministros Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló vão disputar a Presidência no segundo turno das eleições no domingo, 29 de dezembro, depois que nenhum candidato alcançou uma maioria absoluta no dia 24, informou a Comissão Nacional Eleitoral de Guiné-Bissau.

O candidato do Partido da Independência Africana da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, foi o mais votado dos doze candidatos, reunindo 40,13% dos votos, disse o presidente da Comissão, José Pedro Sambu, na capital do país, Bissau.

Os resultados são provisórios na pendência de possíveis recursos dos doze candidatos que participaram destas eleições.

Em segundo lugar ficou o aspirante do Movimento de Alternância Democrática (MADEM-G15), Umaro Sissoco Embaló, com 27,65% dos votos; seguido por 13,16% a favor de Nuno Gomes Na biam, líder do Partido Democrático Popular da Guiné (APU-PDGB) e que teve nestas eleições com o apoio do Partido da Renovação Social (PRS).

Em quarto lugar ficou o presidente cessante José Mario Vaz (12,41%), confrontado com o partido no poder e que, nesta ocasião, participou como independente, e para muitos responsáveis pela paralisia parlamentar em que o país está imerso há cinco anos.

No último episódio desta prolongada crise política, Vaz demitiu Aristides Gomes como primeiro-ministro – o sétimo demissão de seu mandato – e substituiu-o por Faustino Fudut Imbali, criando agitação internacional e temores de que ele iria atrasar a eleição.

Mas Gomes se recusou a deixar o cargo -por isso, por dez dias, dois primeiros-ministros viveram- até que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECADE), um organismo regional mediador a crise, interveio e ameaçou Vaz com sanções se reverter.

Mais de 671.000 eleitores foram chamados às urnas no dia 24, após uma campanha eleitoral marcada por violentos protestos antigovernamentais, apesar das promessas de melhoria econômica, combate ao tráfico de drogas e aumento da infraestrutura.

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