Agricultores ibéricos pedem mais ajuda europeia para a prática de uma pecuária extensiva

Agricultores levantam várias incertezas sobre a nova PAC e como esta não apoia a pecuniária extensiva

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Num congresso que aconteceu em Cáceres, os agricultores ibéricos pediram uma maior ajuda à UE para aqueles que realizam uma pecuária extensiva. Esta habitualmente é praticado num ecossistema de montado. Para estes agricultores, colocar o gado a pastar livremente cumpre, em todos os aspetos, a Agenda 2030 no quesito de sustentabilidade. Isto porque comparando com outros tipos de agricultura, as alterações que necessitam fazer para se adaptar aos requisitos de sustentabilidade são reduzidas.

Estes agricultores podem maiores apoios a que faça uma agricultura mais extensiva do que intensiva, o que acaba por sobrecarregar os solos. Os elevados custos de produção tanto em Portugal como em Espanha fazem com que os produtores pecuários em extensivo não tenham rentabilidade com apenas aquilo que vendem e que precisem de ajudas da Europa. O presidente das Cooperativas Agroalimentarias de Extremadura, Ángel Pacheco, reforçou que a fronteira apresenta «a mesma problemática e as mesmas oportunidades».

No congresso, o presidente da ACOS — Associação de Agricultores do Sul, Rui Garrido, falou sobre as incertezas que a nova PAC traz para estes trabalhadores que enfrentam os problemas que a pandemia e a guerra trouxeram. «Os produtores pecuários portugueses irão receber menos ajudas do que no quadro comunitário anterior. Isso é certo», contou Garrido. A intervenção aconteceu durante o III Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva e Desenvolvimento Rural.

Neste congresso, que aconteceu em Cáceres, participaram 189 cooperativas associadas. O mesmo tem um caráter bienal e é coorganizado pela ACOS (União dos Agrupamentos de Defesa Sanitária do Alentejo) e por Cooperativas Agroalimentares de Espanha.

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