Um relatório internacional, feito por uma ONG americana (a Global Project Against Hate and Extremism), aponta para uma aliança entre grupos de extrema-direita de Lisboa e de Madrid. Existem mesmo nomes de dirigentes do Juventude do Chega ligados a grupos que estão a ser investigados pelas autoridades espanholas. Estamos a falar de grupos que são racistas e xenófobos. O discurso contra os imigrantes é cada vez mais ouvido no espaço mediático.
No relatório é apontado o nome de Caetana Pettermann de Alós. É luso-espanhola, residente em Madrid mas é membro do Conselho Nacional da Juventude do Chega. Tem também ligações ao VOX e ao Revuelta, um grupo de jovens que esteve ligado a incidentes violentos em frente da sede do PSOE e fala-se que também estiveram envolvidos em tudo o que aconteceu em Torre Pacheco. Em Guimarães, a PSP identificou agressões com motivação neonazi há pouco mais de um mês.
Cada vez há mais jovens a serem atraídos por discursos de direita, onde a família e a justiça são duas das palavras mais ouvidas nos discursos que são transmitidos não só pela imprensa convencional mas especialmente pelas redes sociais. Aqui entra o YouTube e o Tik Tok. Locais onde os jovens procuram as suas notícias mas muitas delas são fake. Em Espanha, muitos youtubers, especialmente os de direita, afirmam estar a ser «perseguidos» pelas finanças e estão a sair do país para a Andorra ou mesmo para aqui, Portugal.
São um total de 18 os grupos que estão a ser investigados e alguns estão ligados ao neonazismo. No caso de Portugal, há uns meses tivemos a detenção de alguns membros de um grupo extremista que tinha armas e estava disposto a tomar a Assembleia da República, mais ou menos como aconteceu no Brasil ou nos Estados Unidos.
