Portugal lembra aqueles que lutaram pela Restauração da Independência

Chefe doo governo relembra a simbologia desta data e pede um maior amor pela bandeira

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A 1 de dezembro de 1640, um grupo de conjurados revoltou-se contra o domínio que o reino de Portugal, dentro e fora das fronteiras terrestres, “sofria” enquanto esteve sobre a alçada da dinastia filipina. O fim da união das coroas ibéricas ficou conhecido para a posterioridade como Restauração da Independência. As duas maiores figuras do estado, o presidente e o primeiro-ministro, foram alguns dos portugueses que lembraram este feriado.

O presidente da República evocou o golpe revolucionário de 1640 que devolveu a independência ao reino de Portugal. Esta revolução deveu-se ao descontentamento em que viviam devido ao estado em que o reino se encontrava. «Valorosos guerreiros nos deram livre a Nação», estes guerreiros foram relembrados pelo executivo. Na mensagem sobre a restauração da independência, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa destacou o papel que vários membros da etnia cigana tiveram nesta luta e lamentou a discriminação que sofrem todos os dias.

Rebelo de Sousa desta forma homenageou e demonstrou a sua gratidão por aqueles que lutaram pela história e para a memória deste país. Para o presidente, o 1º de dezembro é um «dia importante e significativo da História de Portugal». Para além da nota divulgada, Marcelo Rebelo de Sousa participou na sessão evocativa que aconteceu na Praça dos Restauradores (onde também participaram o autarca lisboeta e a ministra da defesa) e inaugurou uma exposição no Palácio da Independência.

O papel dos ciganos foi lembrado na luta pela independência

O papel dos ciganos também já havia sido lembrado pelo monarca que terminou com a dinastia filipina, D. João IV (casado com a fidalga espanhola Luísa de Gusmão). Cerca de duzentos e cinquenta ciganos, incluindo o fidalgo Jerónimo da Costa, serviram na proteção da vasta fronteira, a mais antiga e longa da Europa. Na nota, Marcelo lembrou os homens e mulheres de várias origens e estratos sociais que deram as suas vidas para restaurar a independência perdida. A discriminação que a etnia cigana sofre aos poucos começa a ser quebrada, mas ainda faltam vários passos a dar.

António Costa, que devido a problema de saúde não se deslocou ao Qatar, também saudou o Dia da Restauração. O primeiro-ministro apelou a celebração da «força da bandeira nacional». Na mensagem publicada no Twitter, Costa lembrou a memória daqueles que lutaram pela independência. «A reposição do feriado do 1.º de Dezembro, pelo simbolismo da data, é uma das medidas de que mais me orgulho ter tomado enquanto primeiro-ministro. Valorizemos a nossa História. Honremos a República. Celebremos a soberania», disse. Este feriado não foi celebrado durante os anos da Troika.

 

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