07/04/2025

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Brasil é o «cérebro» que mais produz no mercado de áudio em língua portuguesa que tem muito para crescer

Apesar do português ser uma das línguas mais faladas do mundo ainda é pouco explorada nos meios de comunicação digitais de áudio

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Por ano, a indústria de áudio em língua portuguesa gera uma receita de 30 milhões de euros por ano. 365 entidades fazem parte desta indústria que nos últimos anos criou mais de 250 mil podcasts e cerca de 10 mil audiolivros em português. Estes audiolivros não são só de ficção mas muitos deles são um «anexo» dos manuais escolares. Dois terços destes audiolivros são criados pelas grandes editoras, como é o caso da LeYa. As rádios online podem entrar nesta indústria de áudio. Os responsáveis católicos de Portugal e Espanha consideram “decisivo” que a Igreja esteja mais presente no mundo digital. Esta é uma das conclusões do Encontro Ibérico das Comunicações Sociais.

Os meios digitais apresentam um potencial de crescimento bastante grande. Num mundo onde cada vez temos menos tempo para sentar e ver alguma coisa, os audiolivros e podcasts acompanham-nos em atividades tão diversas como fazendo exercício ou as tarefas de casa. Sem surpresas, o Brasil é o país que lidera a produção em língua portuguesa, já que é dali que saem 84% dos produtos produzidos. Um dos podcasts, que também é transmitido pelo YouTube, do Brasil é o PodPah. Apesar de a língua portuguesa ser a quinta língua mais falada a nível mundial, com mais de 200 milhões de falantes e sendo a língua oficial de 11 países, ainda é pouco «publicitada» meios digitais. Aqui, o Brasil volta a marcar tendência e muitas vezes consegue nas redes sociais, como por exemplo o X, que uma palavra seja tópico a nível mundial.

Em comparação, Portugal ainda está numa fase muito inicial. Representam apenas 10% desta indústria e quando falamos de podcasts estes estão associados a grandes empresas de comunicação, como é o caso do Observador. Em Portugal, mais de 2,4 milhões de pessoas ouvem podcasts.

Os restantes 6% são de entidades que produzem e comercializam em português, mas vêm de outros países europeus, bem como dos EUA e Canadá. Habitualmente estamos a falar da comunidade portuguesa e das diferentes formas de comunicação que criaram para se aproximarem da nação de origem. Em relação aos audiobooks, apenas 3,46% das vendas de audiolivros ocorrem fora do Brasil e de Portugal. Ainda falta fazer muito, em especial nos países dos PALOP (que atualmente têm outro tipo de problemas).  Os principais mercados de exportação de conteúdos de áudio em português são os Estados Unidos da América (1,92%), Reino Unido com (0,26%), Alemanha (0,17%), Irlanda (0,12%) e Espanha (0,12%).

A nível mundial, o áudio gera cerca de 100 milhões de euros nos mercados de língua espanhola e biliões de euros nos mercados de língua inglesa.  A previsão, a nível global, é de que a indústria do entretenimento sonoro continue a crescer cerca de 10% até ao final desta década.