Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que no primeiro semestre de 2021, mesmo com várias empresas com as portas encerradas, a economia lusa viu as suas exportações crescerem mais de 24% em comparação com o período homólogo anterior. Esta subida nas exportações, que indica que o país está a ultrapassar os efeitos da pandemia, é alcançada graças a venda de alimentos, químicos e maquinaria ao Reino Unido, Espanha e França. Com o segundo maior contributo para a recuperação portuguesa, Espanha deu a ganhar mais 715 milhões de euros aos exportadores lusos.
Esta é a maior venda de produtos ao exterior desde o início destes registos e traz uma facturação de 900 milhões de euros. Em relação a venda de bens, estes ficaram quase 3% acima do valor registado no primeiro semestre de 2019, antes do início da pandemia. As exportações portuguesas ainda não estão no seu ponto alto devido a quebra na exportação de automóveis, couros e artigos de vestuário que fizeram com que os produtores sedeados em Portugal perdessem um total de 1.115 mil milhões de euros.
O sector dos combustíveis, um dos mais importantes para a economia graças às taxas e impostos colocados pelo governo, recuou apenas 47 milhões de euros, comparando com o que acontecia no período pré-pandemia. Tal situação pode ser explicada por o preço dos combustíveis estar a bater recordes de uma forma quase constante desde o primeiro período de confinamento.
Em relação às importações, estas caíram 5,4% e as quedas foram mais acentuadas nos combustíveis e nos materiais de transporte. O PIB, que nos primeiros três meses de 2021 caiu de forma acentuada e colocou Portugal no topo das nações europeias que mais perderam, deverá crescer graças a procura doméstica.