No Sul da Europa, Portugal é o país com mais população em regime de teletrabalho e é dos mais bem posicionados comparando com a média europeia. Isto acontece quando falamos dos horários atípicos registados nos países do sul da Europa. Neste caso, Portugal tem 20.7% dos trabalhadores (com uma idade compreendida entre os 20 e os 64 anos) em regime de teletrabalho a exercerem ao fim-de-semana. Este valor está um pouco abaixo da média europeia, que é de 22.1%.
Dos portugueses que trabalham em teletrabalho, a maioria está na faixa dos 25 aos 34 anos e é freelancer. As mulheres são aquelas que olham para o teletrabalho com melhores olhos. Segundo dados analisados pelo Funcas no último Foco na Sociedade Espanhola, no outono de 2020, quase dois terços (63%) dos trabalhadores estava a trabalhar desta forma. Esta forma de trabalho ficou com a pandemia. As zonas mais afetadas pela covid-19 são aquelas onde o teletrabalho passou a ser mais democratizado.
Estes trabalhadores fazem horários não muito típicos, como é o caso do fim-de-semana. Estes horários atípicos são mais praticados nos restantes países do sul da Europa. Os casos mais extremos são registados na Grécia (onde 40.2% dos trabalhadores em regime de teletrabalho a estarem ativos aos sábados e domingos), Itália (34,5%), França (29%) ou Espanha (28,9%). Em relação a valorização do trabalho feito, Portugal é o país europeu que mais se preocupa com este aspeto, mas quase 40% dos inquiridos não se sente concretizado com a função que desempenham. Para se sentirem valorizados, os trabalhadores pedem um maior envolvimento com as equipas que estão envolvidos e os projetos que realizam.