A Aliança Democrática, coligação que trouxe o CDS de volta a Assembleia da República, foi a grande vencedora de uma noite eleitoral em Portugal em que os votos foram contados até ao último momento. Com 29,49% dos votos e 79 deputados eleitos, a força liderada por Luís Montenegro foi a escolhida pelos portugueses para virar governo à direita. Este deverá ser um governo minoritário, já que ainda terá que ser aprovado por Marcelo Rebelo de Sousa. Figura que está a ser apontada por figuras de esquerda, como é o caso de Ana Gomes, como o responsável pelo caos que a próxima assembleia fragmentada possa trazer. AD com vitórias no norte do país e perde na capital e no sul. O PS perdeu para a direita deputados na maioria dos distritos. Para muitos esta votação é exolicada como o resultado da última maioria absoluta dos socialistas. A vitória da AD é a mais curta de sempre numas eleições com pouco mais de 200 mil votos a separar as duas forças mais votadas.
«Não é não!», repetiu Montenegro no discurso da vitória sobre a possibilidade da AD recorrer ao Chega para conseguir uma governação mais estável. A formação de Ventura, que considera que a noite de ontem marca o fim do bipartidismo em Portugal, quadruplicou o seu grupo parlamentar para 48 deputados.
O PS, que ficou em segundo lugar, aceitou a derrota e admitiu viabilizar a liderança de Montenegro num futuro governo mas isto sem esquecer o papel que vão ter como líderes da oposição. Que não serão um simples suporte no parlamento, como os outros dois partidos mais votados a direita, Chega e IL. PNS no momento da derrota, que não será contestada,prometeu modernizar o partido. O IL afirmou estar disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução. «Seremos parte de qualquer solução que afaste a direita do Governo», disse a coordenadora do Bloco de Esquerda no momento em que subiu a palco para reconhecer a vitória da AD na noite que terminou com o seu partido em quinto lugar. CDU e PAN elegem deputados depois de terem corrido o risco de poderem não o fazer.
Com 99 mil votos, subvenção garantida, o partido ADN sobe ao pódio dos vencedores de uma noite que também terminou com o Livre a ganhar o grupo parlamentar que tanto pediu.
