Arte-Xávega, a forma de pesca que os árabes trouxeram para o território ibérico

Esta forma de pesca tradicional é uma das mais sustentáveis em todo o continente

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Os Prémios Europa Nostra foram entregues a quatro projectos portugueses, incluindo a Arte-Xávega. Esta forma de pesca tradicional, que está a ser recuperada, é praticada no litoral de Portugal, junto ao Atlântico. Para além de ser tradicional, a Arte-Xávega é uma das últimas formas de pesca feitas em território europeu de forma sustentável. Esta tradição vai se perdendo em algumas praias portuguesas.

Para que a Arte-Xávega não se perca, muitas localidades querem que este tipo de pesca se torne Património Imaterial Cultural. Esta arte é divulgada através de iniciativas tão diversas como é o caso de filmes e exposições. A arte xávega é feita usando uma rede de cerco que é puxada para o areal usando bois (o uso destes animais já não é muito comum), tractores e trabalho braçal.

Sesimbra, uma das praias onde a Arte-Xávega não morre

Em Sesimbra, um dos locais em Portugal onde tal prática ainda acontece, os turistas e populares que ajudam os pescadores a puxarem as redes tem como paga levarem parte da pescaria para casa. Na praia da Tocha, um grupo de alunos assinalou o fim de mais um ano lectivo puxando redes de pesca. Esta actividade é vista já como algo de turístico.

Para além de Sesimbra, também se fazem recriações na Nazaré. Os peixes, depois de chegarem a terra, são retirados de um saco de rede de forma cónica conhecido como xalavar. Este tipo de pesca, que utiliza barcos em forma de crescente de lua, é de origem árabe. Para além de Portugal e de Marrocos, este tipo de pesca também é muito popular em Málaga. Para além da rede, a jábega também é o nome do barco usado pelos pescadores.

Estes prémios distinguiram projectos que defendem o património europeu de 21 países. Os vencedores serão homenageados numa cerimónia que vai acontecer no dia 28 de Setembro, no Palazzo del Cinema, em Veneza.

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