O escritor português (entretanto já falecido) Nuno Júdice e a brasileira Micheliny Verunschk foram os vencedores da edição deste ano do prémio de literatura Oceanos, que é organizado pelo Brasil. Este é um prémio ao melhor que se faz na literatura em língua portuguesa. Este é um concurso multifacetado e na edição deste ano concorreram autores de mais de 28 países. Incluindo Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Espanha, Moçambique ou Portugal.
Esta distinção é habitualmente repartida entre os dois países. Os livros distinguidos pela organização foram ‘Uma colheita de silêncios’, do poeta Nuno Júdice, e ‘Caminhando com os mortos’, da autoria de Verunschk. A brasileira olha para a literatura como um farol e lembrou a beleza da língua portuguesa, «tão bela, tão pungente, tão forte». As palavras têm o poder de construir pontes num mundo cada vez mais polarizado. A língua é uma ferramenta poderosa de expressão e de diálogo.
No caso do português, esta atravessa oceanos juntando numa grande família pessoas que falam com sotaque europeu, brasileiro, que vivem nos PALOP ou estão no longínquo oriente. Falando sobre a importância da língua portuguesa, os países da CPLP lançaram um grupo para refletir sobre a sua importância. A primeira reunião aconteceu em Cabo verde, onde se falou sobre a definição de novas palavras ou estratégias de ensino. A autora esteve presente na cerimónia de anúncio dos vencedores.
Estes vão receber um prémio monetário total de 47,1 mil euros que será dividido por cada um. O Oceanos é realizado por via da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura do Brasil mas também conta com o apoio da CPLP