No festival de cinema de San Sebastian, a portuguesa Laura Carreira conquistou o prémio para a melhor realização, a Concha de Prata. Em ex-aequo com Pedro Martín-Calero, por «El llanto». O jornal El País descreve este filme como um drama que «submerge no terror do patriarcado». Esta longa vai de Buenas Aires a Madrid.
A Concha de Ouro de melhor filme foi para o documentário «Tardes de Soledade», do realizador espanhol Albert Serra que trabalhou com a produtora lusa Rosa Filmes. Este documentário centra-se em três anos da carreira do toureiro peruano Andrés Roca Rey. Aqui não se tece nenhuma opinião, seja a favor ou contra, as touradas.
A portuguesa foi premiada foi pela sua longa-metragem de estreia, «On Falling» (produção luso-britânica). Laura Carreira nasceu no Porto, em 1994, e vive na Escócia. Antes de se estrear nas longas, Laura Carreira já tinha dirigido as curtas «Red Hill» e «The Shift». Em ambos os títulos abordasse as problemáticas do trabalho e da precaridade. Problemas bem conhecidos dos jovens. «On Falling» conta a história de Aurora (personagem interpetada pela atriz Joana Santos), uma jovem portuguesa que está emigrada na Escócia e trabalha num armazém. Apesar de ter trabalho, tem dificuldades em chegar ao fim do mês e socializar (isto mesmo vivendo numa casa com outros imigrantes). Segundo a crítica espanhola, este drama «trespassa a alma do espectador».
Este trabalho também recebeu uma menção honrosa no prémio «Otra Mirada» (que é atribuído pela RTVE). O vencedor deste prémio verá o seu trabalho transmitido pela RTVE. O vencedor foi «All we imagine as light», da indiana Payal Kapadia.
O anúncio dos vencedores foi feito no encerramento da 72.ª edição do Festival de San Sebastián.