Línguas minoritárias ibéricas foram defendidas em Miranda do Douro

O galego, catalão e o mirandês são algumas das línguas ibéricas a defender

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Linguistas ibéricos reuniram-se para apelar ao grupo europeu que reconheçam as línguas minoritárias. Este pedido foi feito por associações e investigadores penínsulares que se encontraram em Miranda do Douro. Para eles, as línguas minoritárias são mancantes  na construção europeia.

«Uma das bases da construção europeia assenta na sua diversidade linguística e cultural, e por isso urge criar mecanismos de salvaguarda de idiomas como o galego, asturiano ou o mirandês que têm origem no asturo-leonês», defendeu, aos jornalistas,  o presidente da Associação Frauga, António Bárbolo Alves. « No espaço europeu, o que conta são as grandes línguas como o inglês, o francês, o português, o castelhano. O mirandês, com os seus parentes linguísticos do outro lado da fronteira como o asturiano ou o galego têm muitas dificuldades em sobreviver. Para resistir à globalização é necessário realizarem-se encontros de especialistas em línguas minoritários para melhor se perceber as suas raízes comuns, para se poderem criar estratégias de resistência linguística», defendeu.

A fragmentação dos idiomas está muito relacionada com as lutas politicam e as centralizações governamentais. O governo espanhol já pediu que o catalão, o basco e o galego sejam tidos em conta. Em Portugal, pede-se uma maior protecção do mirandês, que é a segunda língua do país há 25 anos mas pode cair em desosso num curto espaço de 30 anos, segundo um estudo feito pela Universidade de Vigo. No país existem cerca de dez idiomas, incluindo o barranquenho ou o crioulo.

Este apelo foi feito durante a 1ª Fiesta de ls Lhénguas. Esta iniciativa teve como objectivo assinalar a diversidade cultural e linguística existente no território ibérico.

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