Abanca, banco liderado por Juan Carlos Escotet, prepara-se para comprar o EuroBic. Depois da tentativa chumbada em 2020, a entidade espanhola está na linha da frente para fechar este negócio. Os dirigentes da instituição bancária não comentaram este negócio onde pretendiam comprar não só a participação de Isabel dos Santos, a accionista maioritária, como a do também angolano Fernando Teles. Para concluir a compra, a Abanca teria que desembolsar 200 milhões de euros.
Segundo o periódico El Economista, o banco dos correios CTT e o fundo americano JC Flowers saíram do negócio. O Novo Banco (que espera aval de Bruxelas) e o Fundo Apollo são os outros dois concorrentes para ficarem com os 42,5% que eram da empresária angolana Isabel dos Santos. O EuroBic é uma entidade de tamanho mediano em Portugal e ocupam uma quota de mercado entre os 2 e os 2,5%, especialmente de créditos e depósitos.
O Luanda Leaks traz a venda do EuroBic
A entidade terminou o ano de 2020 com perdas de 5 milhões de euros por provisões. Em exercícios prévios alcançavam os 50 milhões. O banco português conta com 184 sucursais, 1.475 empregados, 257.000 clientes e um valor de negócios de 12000 milhões em volume de negócios. Para além de Portugal, também estão presentes em Angola e centram-se nos negócios internacionais. A venda do EuroBic foi avançada após o rebentar do escândalo Luanda Leaks.
Com este negócio, a Abanca poderia dar um salto de grande escala em Portugal depois de, em 2018, ter comprado o negócio que a portuguesa Caixa Geral tinha em Espanha. Também detém o Deutsche Bank em Portugal. Adquiriram o francês Crédit Agricole, reforçando assim a presença no País Basco. Se a compra do EuroBic acontecer, o banco espanhol passará a ser a sexta entidade presente no mercado luso.
