O acidente no elevador da Glória provocou 16 mortos e 5 feridos em estado grave. Carlos Moedas, que esteve no local do acidente, encontrou-se com o presidente da República e no dia seguinte participou no Conselho de Ministros e deu uma conferência de imprensa ao lado de Luís Montenegro. Ambos pediram que não se faça um aproveitamento político da tragédia. Montenegro lembrou que «a dor não tem nacionalidade» e prometeu celeridade na investigação.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, suspendeu as operações dos outros elevadores e as iniciativas da sua campanha para as autárquicas de Outubro estão suspensas, pelo menos nos próximos dias. A sua principal opositora a Lisboa, a socialista Alexandra Leitão, manifestou a sua consternação pelo acidente que levou a que os feridos fossem transportados para vários hospitais da área metropolitana de Lisboa que receberam os feridos. Devido ao número tão elevado, as reservas de sangue tiveram que ser reforçadas.
A TAP vai ajudar os familiares dos envolvidos no acidente e vai transportar os corpos para os países de origem. Há mais de 10 nacionalidades envolvidas numa das maiores tragédias que a cidade de Lisboa teve nos últimos anos.
O centro da cidade continua com uma «ferida» aberta que continua a espantar locais e turistas. A calçada da Glória está transformada num local de tristeza, romaria e curiosidade. Os lisboetas apontam o excesso de peso e a falta de manutenção (a mesma é feita por uma empresa externa a Carris). O cabo caído é uma das principais provas para compreender o que aconteceu com um elevador que transportava 3 milhões de pessoas por ano. Segundo as testemunhas, o elevador ia cheio.
Luto e tristeza em Lisboa
O acidente no elevador da Glória levou a que as bandeiras não só no território nacional mas também nas instituições europeias estivessem a meia-haste. Dois espanhóis ficaram feridos no descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, mas já tiveram alta. José Manuel Albares, ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, e Pedro Sánchez deixaram a sua solidariedade com o povo português e todos os afetados. A mensagem que Pedro Sánchez deixou na rede social X foi agradecida, na mesma rede, pelo primeiro-ministro português (o mesmo fez na mensagem de Úrsula Von der Leyen).
O Papa Leão XIV também expressou as suas «sentidas condolências» às famílias das vítimas. As condolências têm chegado de diversas partes e a notícia tem feito manchetes em várias línguas. Na praça dos Restauradores, com vista para o buraco e os destroços que ainda lá estão, vêem-se jornalistas de Espanha, França, Reino Unido ou da Polónia. O elevador da Glória sobe uma ravina de mais de 200 metros de altura e uma inclinação de quase 18 graus. Em apenas 51 segundos, o elevador da Glória caiu para a surpresa de todos.
Era usado não só por turistas, mas também por locais que «poupavam as pernas» usando este meio de transporte, que era mais velho que os amarelinhos elétricos. O elétrico era uma peça de museu, um postal da cidade das «sete colinas».
Os primeiros a chegar ao lugar do acidente foram os populares e os funcionários dos comerciais em volta que prestaram os primeiros socorros às vítimas. Já conhecemos as histórias de alguns deles, como é o caso do condutor, de uma criança alemã que perdeu o pai e a mãe está gravemente ferida e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já reportou que tem dois funcionários mortos, três feridos e a meio da manhã não sabia do paradeiro de alguns. A Carris filtrou a informação que o elevador da Glória foi alvo de uma inspeção visual na manhã do acidente. Ainda não passaram 24 horas de tudo o que aconteceu e já começam as críticas.