Muito se fala sobre a «Iberia vacía» e os desafios que os transportes e as infraestruturas enfrentam na fronteira e a verdade é que o despovoamento pode ser combatido com novas autoestradas. Pelo menos é o que, o movimento cidadão MSU Norte de Extremadura (composto por cidadãos e empresários alojados nesta região), se espera da nova ligação Madrid-Lisboa. A ligação das duas capitais ibéricas seria feita através da Extremadura e do centro de Portugal. A ligação poderia ser usada por 14 milhões de pessoas. Esta região também tem um grande atrativo turístico, já que conta com mais de 25 locais Património Mundial da UNESCO e no último ano, 120 milhões de turistas internacionais transitaram entre os dois países.
O objetivo do grupo de cidadãos é concluir a autoestrada que vai ligar a Moraleja (Cáceres) a Castelo Branco. Para conseguir este objetivo foi criada a Aliança Territorial Europeia-Norte da Extremadura-Beira Baixa. Desta aliança também fazem parte as Câmaras Provinciais de Cáceres e Badajoz, para além das autarquias portuguesas que estão perto da Extremadura e também pedem esta nova autoestrada, que é vista como crucial. Os seus dinamizadores consideram que esta nova infraestrutura vai criar uma nova era de cooperação entre Espanha e Portugal. Os impactos poderão ser vistos em setores tão diversos como a energia ou a logística. É aqui que fica a portuguesa Luís Simões, para além de estar perto do porto de Sines.
90% desta autoestrada já está feita, faltando apenas 70 kms para a concluir. Na próxima Cimeira Ibérica, que vai acontecer no Algarve, o movimento procura estabelecer datas de início e conclusão das obras nos dois lados da fronteira.