António Costa pretende o prolongamento do mecanismo ibérico

Mecanismo tem permitido enfrentar da melhor forma a crise energética

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O primeiro-ministro português, António Costa, defendeu em Bruxelas que o mecanismo ibérico que compartilha com Espanha deve ser renovado no mês de maio. Os governos de Portugal e de Espanha solicitaram a Bruxelas a criação deste mecanismo para enfrentar da melhor forma a crise energética aprofundada pela guerra na Ucrânia. Este mecanismo limita o preço do gás na produção da eletricidade.

No caso de Portugal e Espanha é de cerca de 60 euros por Megawatt-hora. Uma boa parte da energia consumida na península vem de meios renováveis, como é o caso da eólica, o que faz com que este mecanismo tenha uma boa aceitação neste território. «Do nosso lado e de Espanha, sublinhámos que, independentemente da fixação deste mecanismo da correção de preço do gás, é essencialmente renovar, a partir de maio, a solução ibérica, […] que não tem distorcido o mercado e que tem permitido às empresas portuguesas e sediadas em Portugal e Espanha – e também à França, sempre que adquire energia na Península Ibérica – ter sempre preços francamente mais competitivos», disse António Costa numa conversa com os jornalistas portugueses.

No Conselho Europeu, que teve na energia um dos seus temas principais (está a ser preparada uma bolsa europeia do gás), o chefe do governo de Portugal defendeu o mecanismo ibérico e o trabalho que este tem feito no «combate» a subida do preço da eletricidade. Mesmo assim, espera-se que o novo ano trará uma subida considerável no preço da luz. Em relação a bolsa europeia de compra do gás (algo parecido ao que foi feito com as vacinas contra a Covid-19), que está a dividir os estados-membros, Portugal e Espanha admitiam um teto entre 200 e os 220 euros por Megawatt-hora (MWh) por três dias consecutivos. Esta é uma proposta da presidência checa da EU.

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