O movimento português UIVO e a plataforma espanhola Contra el Proyecto Minero de Valtreixal uniram-se numa caminhada de protesto contra a mina a céu aberto de estanho e volfrâmio que vai na localidade de Calabor, entre os parques naturais de Montesinho e de Sierra de la Culebra. O projecto de 250 hectares desta mina vai ser implementado a apenas 3kms da fronteira portuguesa, em Zamora, e a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural – já deu o seu parecer negativo a mesma, sendo do conhecimento do governo de António Costa. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) pediu mais explicações ao executivo espanhol. O Turismo do Norte de Portugal também está contra esta mina que pode trazer consequências para o meio ambiente de ambos os países.
A iniciativa ANDAR CONTRAMINA, que aconteceu no dia 4 de Julho e uniu tanto associações como cidadãos de ambos os lados da fronteira, pretendeu alertar, mais uma vez, para os riscos que a mina de Calabor, que vai estar inserida na maior reserva da biosfera europeia (Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica) e num local de passagem do lobo ibérico, vai trazer tanto para o meio ambiente, qualidade de vida das populações como para as actividades turísticas e económicas. No lado português, as aldeias da União das Freguesias de Rio de Onor e Aveleda e a freguesia de França, composta ainda pelas aldeias de Montesinho e Portelo, são as localidades que poderão ser afectadas pela exploração desta mina.
A mina do Calabor ainda não saiu do papel já que aguarda aprovação da secção do Meio Ambiente da Junta de Castilla e León.