Depois do incêndio que lavrou, há poucos dias, perto de um paiol de armamento pertencente a NATO, Portugal volta a enfrentar o problema dos incêndios. O Norte e o Centro de Portugal estão a arder. Estradas estão fechadas e o dia deu lugar a noite numa paisagem repleta de chamas e fumo. As viagens estão desaconselhadas e quem tenha que viajar deve usar estradas secundárias para que as vias principais estejam desimpedidas para que os operacionais possam circular.
Depois dos grandes incêndios de Pedrógão e do Algarve, Portugal volta a sofrer. Os incêndios estão fora de controlo apesar do esforço conjunto tanto das autoridades como da própria sociedade civil. Pessoas estão a ser retiradas, imóveis já foram atingidos e o aumento do número de feridos (há um morto, de forma indireta, a registar) fez com que o Hospital de Aveiro reforçasse as equipas médicas tanto nas áreas de pneumologia (pede-se que as pessoas andam na rua de máscara) como nas urgências. Devido a situação crítica que o país vive, o primeiro -ministro está a supervisionar, de perto, o combate aos incêndios e para tal cancelou toda a agenda mediática que tinha. Num post nas redes sociais, Montenegro afirmou que «Portugal vive dias difíceis devido aos incêndios» e agradeceu aos chefes de Governo dos quatro países que se dispuseram a ajudar Portugal, incluindo Pedro Sánchez (por Espanha). Marcelo Rebelo de Sousa também já falou e lamentou a morte de um dos bombeiros envolvidos.
Um dos rostos da oposição, a lider do BE, Mariana Mortágua, considerou que este não é o momento para um balanço da atitude política mas sim é o período de «união e solidariedade» para aqueles que estão a sofrer e a lutar contra a mais de dezena de incêndios ativos. Parte do mapa de Portugal está pintado de cinzento. Portugal vai receber oito meios aéreos provenientes de Espanha, França, Grécia e Itália. Úrsula Von der Leyen usou a rede social X para prestar o seu apoio a Portugal e para agradecer a rápida ajuda que os quatro países já referidos prestaram. De Espanha chegaram dois aviões Canadair que começaram a operar assim que chegaram ao país.
O anúncio da ativação do mecanismo de proteção a Bruxelas foi feito num dos briefings que a Proteção Civil fez aos meios de comunicação no início da tarde. O IPMA prevê agravamento do perigo de fogos rurais até quarta-feira. Todo o território nacional está em situação de alerta e escola e outras instituições públicas foram encerradas no distrito de Aveiro, onde a situação está pior. Em apenas um concelho há mais de 400 bombeiros envolvidos no combate e quando as chamas forem apagadas vai se avançar para uma investigação criminal pois acredita-se que a origem da combustão (por volta das 22 horas) tenha origem humana.
