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Conferência ibérica discutiu sobre os desafios que a mobilidade sustentável apresenta

A eletrificação e os combustíveis híbridos são vistos como fatores que podem colaborar para a transição energética

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A Fundação Repsol realizou, em conjunto com as Câmara de Comércio de Portugal e de Espanha, uma conferência onde foi discutida a mobilidade sustentável na península ibérica. No evento, defendeu-se que o espaço ibérico é um bom mercado para testar soluções. A jornada que reuniu decisores políticos e especialistas pretende contribuir para a transição energética.

Segundo o presidente da autarquia de Lisboa, Carlos Moedas, «o maior desafio das nossas vidas é o desafio da transição energética e da mobilidade». A redução da velocidade nas ruas é também defendida por Gil Nadais, da ABIMOTA, como uma forma de devolver a cidade às pessoas. «Assim ficaremos com uma cidade mais humana», disse. Para uma mobilidade integrada, os transportes públicos apresentam uma alternativa credível.

O modelo de circulação na cidade deve ser facilitador da vida das pessoas. A capital portuguesa tem nas bicicletas e trotinetes elétricas formas de deslocação usadas para ir para o trabalho ou escola. Em todo o mundo existem 37 mil milhões de toneladas de CO2, 8% destas emissões provém da Europa. Todos os participantes concordam que a transição energética apresenta desafios a nível económico, tecnológico e social.

Este é um momento crítico para a mudança. Só que a transição energética deve provar que é compatível com um crescimento económico contínuo. Neste encontro (que aconteceu no hotel lisboeta) falou-se sobre os desafios que a descarbonização levanta na procura de uma mobilidade sustentável e inteligente nos dois países. «A transição energética desempenha um desafio global sem precedentes na história da humanidade», defendeu Antonio Brufau, presidente da Repsol. O responsável máximo pela empresa acredita que de pouco serve uma ação isolada pois este é um problema global. A energia não é ideologia, mas sim tecnologia. A companhia espanhola pretende até 2050 estar num cenário de descarbonização total. António Calçada de Sá, da Fundação, pediu um maior pragmatismo para uma maior mobilidade sustentável.

A sociedade como chave para a transição energética

«Os consumidores nunca tiveram um papel tão importante como agora. Isto faz com que a indústria automóvel tenha que responder a um nível mais elevado», contou José Couto, presidente da AFIA. O dirigente pediu uma ação conjunta na península ibérica para conseguir colocar os produtos aqui produzidos no outro lado dos Pirenéus. Para tal é necessária uma estratégia para a região ibérica. O produto automóvel é bastante diferente do que era apresentado há seis anos.

Este setor é chave para ambos os países. Espanha está a atrair fábricas de baterias. Na Europa, a indústria automóvel é a principal empregadora. O presidente da CIP, António Saraiva, ressaltou que os biocombustíveis e a eletrificação são algumas das soluções a usar para uma mobilidade sustentável que só terá sucesso caso seja tranquila (tanto nos custos das empresas como na manutenção dos postos de trabalho).

Até 2030, a Europa precisa de 6 milhões de postos de carregamento para carros elétricos, mas atualmente só existem 300 mil. O secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro, defendeu que deveria haver uma meta de carregamento para cada país. Os oradores reforçaram que descarbonizar não é simplesmente eletrificar. Os combustíveis fósseis e híbridos vão continuar a conviver.

Em 2040/50, 99% dos aviões nos céus vão continuar a ser impulsionados por querosene. Para Jorge Delgado, secretário da Mobilidade Urbana, devemos «discutir no presente os desafios do futuro». O alcaide de Madrid, José Luís Martinez-Almeida, fez parte desta conferencia através de um vídeo onde contou que no primeiro dia de 2023 já não haverá um autocarro a diesel a circular pelas ruas da capital espanhola e que para a remodelação da frota automóvel existe um pressuposto de 50 milhões de euros.

13,7 é a idade média dos carros de passageiros em Portugal e desde 2010 o governo não apresenta um plano de renovação para este parque. O apoio a compra de carros elétricos em Portugal é de 4 mil euros e em Espanha é de 6 mil euros. Veículos autónomos para distribuir mercadorias ou drones estão a ser vistos como formas inovadoras de transporte em Madrid. Durante a participação numa das mesas redondas, José Carlos Caldeira lembrou que «a guerra está a fazer com que se acelere a transição verde».

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