02/04/2025

Costa e Guterres estiveram juntos em Bruxelas para defenderem os sistemas multilaterais

No Conselho Europeu de Bruxelas discutiu-se sobre a defesa da Ucrânia e o rearmamento do grupo europeu

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Juntos em Bruxelas, António Costa e António Guterres defenderam a necessidade da existência de «sistemas multilaterais» num cenário internacional cada vez mais complicado. O presidente do Conselho Europeu e o secretário-geral das Nações Unidas estiveram juntos antes da reunião que junta os vários líderes dos governos europeus, incluindo Pedro Sánchez e Luís Montenegro. Este último, que foi ao seu último Conselho Europeu antes das eleições de Maio, colocou nas redes sociais uma foto com Costa e Guterres com a legenda «Portugal em todas as frentes». O chefe de Governo não se comprometeu com valores concretos mas referiu o apoio do país não só a Ucrânia mas ao rearmamento europeu. A Europa voltou a falar a uma só voz (tirando a Hungria).

Durante o Conselho, Luís Montenegro voltou a defender a interligação energética de Portugal com a Europa. António Costa assumiu que a União Europeia tem de lidar com a mudança do foco dos Estados Unidos para outra latitude, mais precisamente o Pacífico.

Costa garantiu o total apoio de Bruxelas ao trabalho que as Nações Unidas tem vindo a desenvolver em todo o mundo, incluindo a Ucrânia. A visão dos dois organismos sobre esta questão é semelhante e reforçam que um possível cessar-fogo não deveria ser temporário e deveria levar uma paz justa para o país de Zelensky. O mesmo defende o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa. A ideia do Conselho europeu é a «paz pela força» na Ucrânia.

António Guterres, que também foi PM português, acredita que a União Europeia é «um pilar fundamental para enfrentar os desafios multilaterais» do mundo. «Ao nível da segurança, da paz, do clima e do desenvolvimento sustentável e dos direitos humanos». Gaza (houve uma reunião recente da Liga Árabe com a presença dos dois Antónios) e as alterações climáticas são outras das preocupações de Guterres como secretário-geral da ONU. Vão acontecer em território europeu, Nice e Sevilha, duas conferências das Nações Unidas.