Depois do almoço de trabalho em São Bento com o seu novo melhor «amigo», Luís Montenegro, o novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, viajou para Madrid para se encontrar com Pedro Sánchez. O Conselho Europeu é uma instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado europeus. O atual presidente, que entrou em 2019, é o belga Charles Michel. Depois de um primeiro descontentamento, o Governo húngaro declarou o seu apoio ao português para o desenvolvimento do novo cargo que tem na Europa. «Obviamente, que me cabe focar na minha principal missão: Contribuir para um consenso alargado entre os 27 Estados-membros», tem lembrado António Costa.
O espanhol foi um dos nomes que, pelos socialistas europeus, colocou António Costa neste novo cargo. A nível mundial será o segundo socialista, depois do secretário-geral da ONU, António Guterres. Um «forjador de consensos» que criou geringonças em Portugal e terá uma agenda preenchida com a ascensão das extremas ou a transição energética. Isto sem esquecer a guerra ou as alterações climáticas. «Querido António, confio plenamente em ti como forjador de consensos entre líderes europeus. Muita sorte!», disse Sánchez na rede social X. O político pretende que Espanha seja a locomotiva da Europa.
O presidente do Governo espanhol promete cinco anos de trabalho pela Europa. Costa pretende ser «presidente de todos os europeus», tal como Mário Soares uma vez o disse. A reunião entre António Costa e Pedro Sánchez aconteceu no Palácio da Moncloa, em Madrid. Durante a reunião que os dois políticos ibéricos tiveram também se falou sobre o novo processo legislativo que saiu das últimas europeias, o processo de ampliação (que deverá legar a entrada da Ucrânia e da Moldova no grupo europeu) e a reforma do novo Marco Financeiro Plurianual.
António Costa foi eleito presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio que vai começar no dia 1 de Dezembro. Até esta data, o novo presidente do Conselho Europeu disse aos jornalistas que vai estudar os diversos dossiers e encontrar-se com líderes europeus. Os primeiros foram Von der Leyen, Kallas, Montenegro e agora Sánchez.