A campanha para presidente continua mas sem nunca esquecer o resto da atividade política. Depois da saída de Mariana Mortágua, José Manuel Pureza é o senhor que se segue no comando do Bloco de Esquerda. Pureza pretende fazer pontes e propõe uma refundação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma das conquistas da revolução.
Jorge Pinto, apoiado pelo Livre, defende, tal como Mário Soares já o tinha feito, que em Belém deve haver um contrapeso ao governo. Ou seja, se o governo for de direita, o presidente deve ser de esquerda. Outro candidato presidencial, André Ventura, diz ter como exemplos de liderança a italiana Meloni e o antigo presidente da República (e que foi a cara do 25 de Novembro de 1975) Ramalho Eanes. As sondagens apontam Ventura a uma segunda volta e o líder do Chega considera uma derrota caso não o consiga. O líder do Chega e Gouveia e Melo aparecem na frente mas Luís Marques Mendes (apoiado pelo PSD e o CDS) também aparece em empate técnico com os outros dois candidatos.
O debate entre António Filipe e João Cotrim Figueiredo, um comunista e um liberal, teve temas como a saúde ou a legislação laboral em destaque mas ao contrário de outros debates, os dois candidatos conseguiram apresentar as suas propostas sem os habituais gritos. Depois do debate, foi anunciado que Manuel Pedro, histórico militante do PCP, morreu aos 94 anos. O histórico comunista passou 11 anos na prisão durante a ditadura. O candidato presidencial, João Cotrim Figueiredo, diz que é necessário acautelar a situação dos portugueses na Venezuela (isto numa altura em que a situação com os Estados Unidos está a escalar). Os consulados portugueses estão a disponibilizar números de emergência para os portugueses que estão na Venezuela. Existem 500 mil portugueses ou luso-descendentes no país de Maduro. Cotrim Figueiredo considera que os debates estão a ser pouco esclarecedores.
Rebelo de Sousa, recebe campeões do mundo e participa no seu último 1 de Dezembro
Marcelo Rebelo de Sousa diz que está, tal como todo o governo de Lisboa, a acompanhar de perto a situação dos portugueses em Caracas. O ainda presidente da República, que no fim-de-semana recebeu os campeões do mundo sub-17, lamentou os números da pobreza em Portugal (isto depois de finalizada mais uma recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome).
O dia 1 de Dezembro de 1640 foi a data em que Portugal voltou a ser independente, depois de 60 anos de domínio da dinastia filipina. D. Duarte Pio, o herdeiro do trono de Portugal, disse, a pouco mais de um mês das presidênciais, que a monarquia é um «fator de estabilidade» para o país.
Na cerimónia do 1.ª de Dezembro, a última de Marcelo Rebelo de Sousa, que ouviu palavras de desagrado de um grupo de nacionalistas, o ministro da Defesa, Nuno Melo (que representou o executivo), lembrou que o país está a fazer o seu «maior investimento de uma vez só» nas Forças Armadas. Luís Montenegro não participou nestas comemorações oficiais. Na praça da Restauração, em Lisboa, houve um desfile de bandas filarmónicas de todo o país, incluindo Barrancos (que nas guerras da Restauração foi destruída por portugueses e castelhanos).
