06/12/2025

CPLP admite a possibilidade de suspender a Guiné-Bissau da organização depois do golpe de estado

Luís Montenegro considera a situação no país muito delicada e pede que a CPLP seja o garante das democracias nos países que fazem parte da organização

Comparte el artículo:

Bluesky Streamline Icon: https://streamlinehq.comBluesky
Militar hablando sobre la situación en Guinea-Bissau tras el golpe de estado.

A situação na Guiné-Bissau continua a dar que falar. Depois do golpe de estado, descrito pelos opositores como uma «encenação», a CEDEAO pretende a volta de Umaro Sissoco Embalo a Bissau e a anulação das eleições, que tinham acontecido poucos dias antes do golpe dado pelos militares.

Avança-se, também, que as eleições apenas seriam repetidas dentro de um ano. Sissoco Embalo, que saiu do país, deverá vir a Lisboa. No parlamento português, Luís Montenegro considerou a situação em que a Guiné-Bissau como «muito delicada» e quer que a CPLP ajude a salvaguardar o pensamento democrático nos seus países membros.

A presidência rotativa da CPLP estava na Guiné-Bissau e até ao momento não se sabe quem poderá ficar com este lugar: poderá voltar para São Tomé e Príncipe, que era o país que estava antes na presidência. 

Manifestantes já pediram uma atitude mais pro-ativa da CPLP. O Conselho de Ministros desta organização já condenaram o golpe, exigem a libertação dos detidos, vão enviar uma missão ao país e ponderam a possibilidade de suspender o país da organização até que a ordem constitucional seja reposta. A reunião da CPLP aconteceu de forma virtual. A Guiné-Bissau já foi suspensa de outras organizações, como é o caso da União Africana, que tem João Lourenço na presidência rotativa.