16/08/2025

Executivo de Bissau expulsa os jornalistas da agência Lusa, RTP e RDP e as emissões deixaram de ser vistas no país

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As delegações da agência Lusa, RDP e RTP foram expulsas da Guiné-Bissau. As emissões também vão deixar de ser vistas no país. O ministro dos negócios estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, repudia a expulsão destes jornalistas e pede explicações a Bissau. Aquele governo diz estar aberto ao diálogo e que, brevemente, vai explicar o porquê da expulsão dos jornalistas da agência Lusa, RDP e RTP. Esta expulsão está a ser vista como «altamente censurável e injustificável pelo executivo de Lisboa». Tanto a agência de notícias portuguesa como a empresa pública de rádio e televisão tem delegações em todos os países da lusofonia e com grandes comunidades portuguesas. Como é o caso de Madrid (Espanha) ou Paris (França). A RTP espera que a decisão de Bissau seja revertida o mais rapidamente possível.

Anteriormente, o jornalista da RTP na Guiné-Bissau já tinha sido agredido, supostamente, por umembro da equipa de segurança de Umaro Sissoco Embalo. Falando sobre o atual presidente da CPLP, ele adiou a visita à sede da organização, em Lisboa. Esta situação com os jornalistas acontece num período em que a lusofonia enfrenta o problema das alterações climáticas, com os fogos em Portugal e as cheias em Cabo Verde.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos considera a expulsão destes jornalistas mais um passo do regime de Bissau para «tentar controlar a imprensa». Estas empresas, por serem estrangeiras, tentam dar uma informação plural e independente.

As empresas de comunicação já emitiram uma nota de repúdio sobre esta decisão que viola a democracia e o estado de direito. «A proibição das emissões da RTP África e da RDP África a partir de Bissau constitui um grave atropelo à missão de informar, silencia os meios de comunicação internacionais, é inadmissível face às relações entre os dois povos e atinge igualmente a rádio e a televisão públicas guineenses, que desde sempre têm recebido o apoio material e formativo por parte do grupo público português de media», como se lembra na nota. A RTP África, que junta todos os PALOP, tem emissões que acontecem também na Guiné-Bissau. Os jornalistas têm até terça-feira para saírem de Bissau.