Mais de duas centenas de militares portugueses e espanhóis participaram num exercício conjunto em Mafra. Neste exercício, que acontece pelo décimo ano consecutivo, estiveram envolvidas 20 entidades. Para além dos militares também esteve a Proteção Civil e a Agência Portuguesa do Ambiente. Os dois exércitos neste exercício testaram as suas capacidades de defesa nuclear e radiológica.
Estes militares ao longo de cinco dias lidaram cenários de suspeita de contaminação radioativas. A legislação espanhola não permite o uso de materiais radioativos e como tal este cenário teve de ser estudado deste lado da fronteira. Este facto é visto pelos militares espanhóis como benéfico. Os exércitos ibéricos também tiveram de enfrentar os efeitos de um sismo de elevada magnitude.
Mesmo não passando de um teste, a exigência é elevada. Isto porque os militares precisam de agir com rapidez para identificar e atenuar consequências para a segurança e saúde. O exercício conjunto apresenta uma nova importância num período de guerra e em que o fantasma do nuclear volta a assombrar a Europa. Atualmente o continente prepara o reforço dos seus sistemas antiaéreos para se defenderem de um possível ataque.
Catorze países da NATO associaram-se à Alemanha para comprarem em comum materiais de defesa antiaérea e antimíssil. A iniciativa vai se chamar “escudo do céu europeu». Portugal, a nação mais ocidental, é um dos poucos países europeus que não tem esta defesa. A Ministra da Defesa disse, em declarações aos jornalistas, que o OE 2023 terá verbas para a modernização das Forças Armadas.