A electricidade no Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL) voltou a atingir preços recordes. Nesta terça-feira o MWh alcançou os 172€, um preço nunca visto no mercado grossista e que aumentou 18 euros em apenas 24 horas.
Em Agosto o MIBEL bateu preços recorde por 8 vezes. Os custos elevados, que são sentidos não só na Península Ibérica mas também em Itália, podem ser explicados pela ausência de vento e da chuva, que fez com que o gás natural (que também está caro) seja usado para produzir electricidade.
Mesmo só com certezas em Outubro, quando será divulgada a proposta de tarifas para 2022, o executivo garantiu que se houver uma subida será «reduzida» já que existem meios para garantir que a mesma não acontecerá. Segundo o secretário de Estado da Energia, João Galamba, «não podemos dizer se sobe 1% ou meio % ou se não sobe de todo. Uma coisa é certa, subidas de electricidade, a existir, serão reduzidas».
As energias renováveis são a principal almofada que poderá travar a subida dos preços da electricidade. Em Portugal a produção de energia através de fontes renováveis fez com que, de 2016 a 2020, os consumidores portugueses poupassem 6,1 mil milhões de euros na conta da luz. Para além dos ganhos económicos, as energias renováveis evitaram a emissão de 19,9 milhões de toneladas equivalentes de CO2 no último ano.
Governo espanhol aprova medidas para reduzir o preço da electricidade
Em Espanha, para tentar reduzir os elevados preços registados no mercado de electricidade ibérico, o governo anunciou um plano de choque para levar o preço da luz para valores de 2018. Nesse ano, um consumidor médio de baixa voltagem gastava 600€ na factura final de electricidade ao fim de 12 meses. Para retirar este peso das carteiras dos consumidores, o Conselho de Ministros anunciou uma redução para 0,5% do imposto especial sobre a energia e a realização de leilões que vão permitir liquidez e uma maior concorrência no mercado. Esta suspensão do imposto estará activa até ao fim do ano. Desde o início de 2021, a electricidade subiu 35% e a energia produzida em França está a ganhar mais força devido aos preços cada vez mais caros.