Com a campanha para as autárquicas ao rubro, Luís Montenegro está confiante numa «onda a moda da Nazaré» (o conhecido «canhão» de obras gigantes) que permita ganhar o máximo de câmaras possíveis. Pedro Passos Coelho também já se juntou a campanha mas não apareceu ao lado do primeiro-ministro. Se olharmos para o Chega, que pretende se tornar um partido local depois de o ter feito a nível nacional, a principal queixa é de terem candidatos «paraquedistas» (são candidatos a um local que nem conhecem).
As autárquicas vão ser no próximo dia 12 mas estão a sair várias sondagens e em relação às duas principais cidades portuguesas, Lisboa e o Porto, poderemos ver uma eleição renhida. Em relação a Lisboa, e desde Julho, Carlos Moedas tem vindo a cair. Será que a tragédia do elevador da Glória (que aconteceu há um mês) pode ter algo a ver com esta queda? 48% dos lisboetas acreditam que Moedas esteve mal ou muito mal nesta questão. O arranque da campanha de Moedas teve não só Luís Montenegro mas também Isabel Díaz Ayuso. A presidente da Comunidade de Madrid disse que os lisboetas terão que escolher com «ganas» entre o «socialismo ou a liberdade». Isabel Díaz Ayuso, defensora de uma aliança ibérica, lembrou o acidente com o elevador da Glória, referindo que Madrid sente a dor de Lisboa. Moedas agradeceu a presença da sua amiga naquela noite, que uniu a direita ibérica, em espanhol.
Carlos Moedas e a socialista Alexandra Leitão estão num empate técnico mas depois do debate, que aconteceu no museu do design, a antiga ministra de António Costa está um ponto à frente. Leitão pretende acabar com os botellons e diz que Lisboa está mais suja desde Moedas assumiu a presidência. Caso conquiste a Câmara, será a primeira vez que Lisboa terá uma presidente. A vitória de Alexandra Leitão não é impossível, como lembra José Luís Carneiro, mas os analistas acreditam que Carlos Moedas poderá conseguir um segundo mandato. Mas todos os votos vão contar. Tal como na eleição que disputou contra Fernando Medina.
Passando para o Porto, onde concorrem doze candidatos, a esquerda e a direita também aparecem empatados, mas existe uma forte possibilidade de Manuel Pizzarro se tornar o próximo presidente do Porto.