Os deputados já começaram a trabalhar na Assembleia da República, que continuará a ser presidida por José Pedro Aguiar-Branco. Depois de ter passado pela Feira do Livro, onde foi confrontado por uma manifestante pró-Palestina (Marques Mendes, candidato às Presidenciais portuguesas também criticou o silêncio sobre Gaza), Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com Luís Montenegro e o próximo Governo português deverá tomar posse na quinta-feira, dia 5 de Junho.
Entretanto já conhecemos os nomes que fazem parte do novo Governo, que encolheu de 17 para 16 ministros. A linha de continuidade seguida por Montenegro é vista pelo novo líder da oposição, André Ventura, como «errada». O PS considera que estes nomes trazem «pouco de novo» e olham para a saída do ministro da Economia como uma assunção do atual estado das coisas. Para esta pasta vai entrar, Manuel Castro Almeida, que chegou a ser presidente da autarquia de São João da Madeira (terra natal do antigo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos). A ministra do Trabalho e solidariedade social será Maria do Rosário Palma Ramalho, que trabalhou com a Comissão Europeia na área da igualdade de género. Com a pasta do Ambiente e da Energia contínua Maria da Graça Carvalho, que tem nas suas mãos a investigação do blackout que a península ibérica sofreu há pouco mais de um mês. O ministro da agricultura e do mar será José Manuel Fernandes, que foi deputado no Parlamento europeu.
A Cultura, Juventude e o Desporto vão estar juntas num só Ministério que estará a cargo de Margarida Balseiro Lopes, que será a ministra mais jovem deste Governo. Como número dois vai continuar Paulo Rangel, o ministro dos Negócios Estrangeiros. Montenegro vai continuar com o seu Centeno das Finanças, o ministro Joaquim Miranda Sarmento. A pasta da Presidência, o que faz com que este ministro sejam uma espécie de porta-voz do Governo, continua a ser António Leitão Amaro. O ministro dos Assuntos Parlamentares será Carlos Abreu Amorim, doutorado em direito. Num período em que vários países começam a aumentar os seus investimentos na defesa, Portugal vai continuar a ter como ministro da Defesa Nacional o líder do CDS (que nas eleições apresentou-se como AD), Nuno Melo. As Infraestruturas (o país enfrenta um grave problema com a habitação) vai continuar nas mãos de Miguel Pinto Luz, que também é vice-presidente do PSD.
Poucas caras novas num Governo de continuidade
Maria Lúcia Amaral, provedora de Justiça, sucede a Margarida Blasco (que recentemente falou sobre a necessidade de proteger as vítimas de violência doméstica). Gonçalo Matias assume Reforma do Estado, um novo ministério. Ana Paula Martins terá a sua segunda oportunidade como ministra da Saúde.
Há cada vez mais pessoas a trabalhar e o salário também aumentou, tal como o custo de vida, o que faz com que as pessoas que estejam a trabalhar possam ser consideradas pobres. Um dos candidatos presidenciais, Henrique Gouveia e Melo, destaca importância de combater a pobreza.
Apesar das críticas, a ministra da Saúde vai continuar neste Governo. O movimento estudantil defende criação de um ministério próprio para o Ensino Superior e Ciência (o que chegou a acontecer no passado). O ministro da Educação, Ciência e Inovação será Fernando Alexandre, que é professor na Universidade do Minho (uma das mais reconhecidas do país). Haverá um ministério da reforma do estado, estilo o que Musk tentou nos Estados Unidos da América, o que já foi criticado pelo PCP. Este será o XXV Governo constitucional de Portugal.