A Orquestra Sem Fronteiras, dirigida pelo maestro Martim Sousa Tavares, foi distinguida com o Prémio Carlos Magno para a Juventude. Este galardoa iniciativas que envolvam projetos onde os jovens entre os 16 e os 30 anos promovam um entendimento mútuo à escala europeia. Segundo o júri desta distinção (criada em 2008), a orquestra que reúne jovens de Portugal e de Espanha é conhecida por tentar «fazer o mundo um lugar melhor, onde a cultura é acessível a todos, aos que se sentem menos representados e aos menos providos de condições», segundo a Vice-Presidente do Parlamento Europeu, a eurodeputada Katarina Barley. Já o maestro desta orquestra defendeu que é «através da música mantemos estas comunidades vivas e conectadas. A música pode ser um fio condutor para a comunidade, para a paz e para os valores europeus».
A cerimónia de entrega aconteceu em Aachen, na Alemanha. Todos os músicos que fazem parte desta orquestra são jovens portugueses e espanhóis da zona de fronteira e partilham com a população raiana. O projeto existe para apoiar e fixar o talento jovem no interior do país, combatendo o abandono do ensino da música e premiando o mérito académico. A OSF pretende dinamizar as relações luso-espanholas através da cultura.
A orquestra tem um número irregular de instrumentistas, e propõe-se apresentar concertos fora dos grandes centros populacionais. A sede desta orquestra, criada em 2019, é em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco. Os 150 músicos, que sem esta orquestra não teriam acesso à música, vão receber um prémio monetário de 7,5 mil euros.