Papa Francisco vai visitar Timor-Leste, o jovem país onde a religião serviu como uma forma de resistência

Mesmo sendo um pequeno país, a língua portuguesa e a religião católica sempre foram vistas em Timor-Leste como uma forma de resistência à ocupação Indonésia

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Foi anunciado que o Papa Francisco vai, em Setembro, visitar Timor-Leste. No país, liderado por Ramos Horta (que ganhou o Nobel da Paz em 1996), pretende encontrar-se com todos os que fazem parte da sociedade local. Esta visita, que acontecerá um ano depois da JMJ em Lisboa, vai acontecer de 9 a 11 de Setembro.

Sobre esta visita, Ramos Horta pede aos timorenses para colaborarem para visita do Papa Francisco. Também espera que o país seja consagrado como a «terra da fraternidade humana». Numa entrevista dada recentemente aos meios de comunicação portugueses, o presidente Ramos Horta lamentou que o país continue com fortes carências a nível alimentar (um terço das pessoas passa fome) mesmo havendo dinheiro proveniente do petróleo e do gás.

A visita a Timor-Leste é explicada pelo amor que o Papa tem «com os timorenses, com a história do país, com a coragem e a fé do povo». Para além da língua, a religião católica foi outra marca que os portugueses deixaram e que os timorenses usaram durante o período de ocupação por parte da Indonésia. Falar português e ser católicos era visto como uma forma de resistência e de independência, já no início deste século. Um dos grandes nomes da luta do povo timorenses pela independência é um membro da Igreja católica, D. Ximenes Belo (que atualmente está em parte incerta).

Para além de Timor-Leste, em Setembro o Papa Francisco vai visitar a Indonésia, Singapura e a Papua Nova Guiné. A visita a Timor-Leste, tal como a que o Papa Francisco fez há poucos anos a Moçambique, será de perto acompanhada por toda a comunidade lusófona.

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