A Sociedade Nacional de Belas Artes, através do seu presidente, anunciou o óbito do pintor luso-chileno Francisco Ariztía. Na nota não é referida a causa de morte do artista plástico, que brevemente iria cumprir 78 anos. Os seus estudos superiores em Belas Artes foram repartidos entre o Chile, Jugoslávia, França e Itália. Nascido em Santiago do Chile, radicou-se em Portugal em 1975.
Alcançou a nacionalidade portuguesa em 1988 e de 1998 a 2002 foi adido Cultural da Embaixada do Chile em Lisboa. É da sua autoria um mural de azulejos que pode ser encontrado na parte norte do Parque das Nações. Fez parte da comitiva portuguesa que em 2005 e 2006 participou a ARCOmadrid. Participou em várias exposições no Chile, Portugal, Espanha e no Uruguai. Parte da sua obra pode ser vista em Lisboa no museu Gulbenkian.
Depois do golpe de estado dado por Pinochet, em 1973, Ariztía atravessou o atlântico a procura de um novo país onde pudesse viver em democracia e em liberdade. Antes de chegar a Portugal, em 1974, participou na Bienal de Veneza. Já em território português, é inspirado pela “Revolução dos Cravos” criou um mural onde retratou as mudanças sentidas desde o tempo da outra senhora até a um novo tempo.
Também trabalhou de perto com o realizador chileno Raul Ruiz, que filmou bastante em Portugal (o seu último filme, Linhas de Wellington, foi terminado para viúva de Ruiz).