Um sismo de 6,9, com o epicentro a 70 kms de Marraquexe, foi sentido de Portugal, Espanha ou a Mauritânia. Os especialistas acreditam que um sismo desta magnitude no Vale do Tejo, falha sísmica que deu origem ao grande sismo de Lisboa (um dos maiores da história do mundo), teria um impacto maior do que o que estamos a ver em Marrocos. O país do norte de África já declarou três dias de luto nacional.
Portugal e Espanha, os vizinhos europeus mais próximos de Marrocos para além de terem sentido este abalo também já reagiram ao mesmo. António Costa enviou as condolências tanto ao rei de Marrocos como ao povo marroquino que sempre foi tão próximo do português. A mesma condolência e solidariedade foram expressadas por Marcelo Rebelo de Sousa numa nota publicada no site oficial da Presidência da República. Através da rede social X, Pedro Sánchez manifestou que «Espanha está ao lado das vítimas e das suas famílias». O rei Felipe VI também expressou a sua solidariedade com o Rei Mohameed VI. O responsável pelos Assuntos Exteriores de Espanha, Albares, «expressou as suas condolências pelo terrivel terramoto registado esta madrugada em Marrocos».
O Alto Representante da União Europeia, o espanhol Josep Borrell, já disponibilizou a Marrocos «toda a ajuda que desejar». O secretário-geral da ONU, António Guterres, pede a «solidariedade global para Marrocos». Da Macaronésia chega também a solidariedade e a ajuda de Cabo Verde e da Madeira. A FPF, que ao lado da RFEF e da federação marroquina de futebol prepara a candidatura ibero-marroquina ao Mundial de 2030, envia um «sentido abraço» e declara um minuto de silêncio nos futuros jogos da Taça de Portugal.
O mesmo minuto de silêncio será feito pela RFEF. O número de mortos vêm crescendo há medida que as horas passam. A maioria destes mortos terá ocorrido nas zonas de mais difícil acesso. Portugal já avisou que vai enviar para o país um avião da Força Área para resgatar alguns dos milhares de portugueses que estão em Marrocos de férias ou por questões de trabalho. O gabinete de João Gomes Cravinho está a monitorizar de perto a situação dos portugueses. O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, também já afirmou que o país está disponível para ajudar Marrocos com o que for necessário e apenas aguarda o pedido de ajuda internacional. O Papa Francisco também já expressou a sua «profunda solidariedade com o povo marroquino».
