09/04/2025

Portugal e Espanha podem tornar-se num hub verde europeu, segundo as energéticas ibéricas reunidas em Davos

Caso isso aconteça, o PIB ibérico pode aumentar até 15% e criar cerca de um milhão de empregos especializados entre os dois países

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Reunidas em Davos (no Fórum Económico Mundial), as empresas ibéricas produtoras de energia, incluindo a EDP, acreditam que Portugal e Espanha podem oferecer a Europa uma energia mais rentável e produzida através de energias renováveis, incluindo a solar e a eólica (mas onde não podemos esquecer a nuclear). Para além da produção de energia, as empresas ibéricas também olham com bons olhos para as baterias, os biocombustíveis e o hidrogênio verde.

“Espanha e Portugal têm uma oportunidade extraordinária de liderar a transição energética e a competitividade da Europa, tirando partido dos seus recursos naturais abundantes, metas ambiciosas para as energias renováveis e soluções energéticas inovadoras”, disse Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP. O empresário acredita que o território ibérico pode se tornar num hub verde que pode garantir um futuro sustentável para todos o continente. Para tal, os governos de Lisboa e de Madrid devem encurtar os processos de licenciamento ou colmatar a diferença de competitividade de custos entre as soluções ecológicas e as alternativas baseadas em combustíveis fósseis. Cinco foram os pontos levantados.

Nesta sessão de trabalho participou Teresa Ribera, vice-presidente executiva da Comissão Europeia para uma Transição Limpa, Justa e Competitiva. Também estiveram presentes representantes da Iberdrola e da Repsol. A Iniciativa Ibérica de Indústria e Transição Energética (IETI) é um grupo intersetorial formado por várias empresas ligadas a energia no território ibérico e foi um dos organizadores desta sessão que aconteceu em Davos.

A energia produzida em território ibérico é entre 20 a 25% mais barata do que se produz no resto da Europa. Segundo a McKinsey & Company, o PIB da península ibérica pode aumentar até 15% e criar cerca de um milhão de empregos (300.000 em Portugal e 700.000 em Espanha) caso os dois países liderem a transição energética no território europeu.