20/12/2025

Português é responsável por dois ataques nos Estados Unidos, o que levou Trump a suspender programa que sorteava vistos

Governo português já demonstrou o seu pesar pelo envolvimento de dois portugueses neste caso, o atirador e um físico do MIT que foi assassinado a porta de casa

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Sospechoso en un garaje con teléfono móvil en mano

É português o suspeito de um atentado na Universidade de Brown e o assassinato de um professor do MIT. Devido ao facto de um suspeito ser português, Donald Trump suspendeu o programa que sorteava o tipo de vistos que permitiu a entrada de Cláudio Valente, antigo estudante da Brown, no país.

Há muito que Trump se opõe a este programa que sorteava vistos para estudantes. Em 2025, vinte milhões de pessoas se inscreveram neste sorteio. Os portugueses nos Estados Unidos temem que este caso possa lançar sombras sobre a comunidade. Existem mais de 1,3 a 1,45 milhões de pessoas de origem portuguesa no país. John Philip Sousa (famoso compositor e maestro de marchas militares do século XIX), Jim Costa (membro da Câmara dos Representantes pelo partido Democracia) ou o ator Tom Hanks são alguns luso-americanos destacados.

O governo português já expressou «grande tristeza e consternação» por o alegado envolvimento de um físico português, Cláudio Valente, em dois ataques nos EUA. Na Universidade de Brown, onde tinha estudado há vinte anos, matou dois estudantes e deixou outras nove pessoas feridas. Depois deste primeiro ataque, o português conduziu cerca de 80 quilómetros e atirou mortalmente contra um outro português, Nuno Loureiro, que liderava um laboratório no MIT. Loureiro estava a trabalhar sobre energia limpa e as autoridades descobriram que os dois crimes podiam estar ligados, em parte, devido ao uso de cartões de telemóvel europeus.

Tanto o físico morto como o alegado homicida estiveram a estudar, ao mesmo tempo, no Instituto Superior Técnico de Lisboa. Ambos foram estudantes do curso de licenciatura em Engenharia Física Tecnológica, entre 1995 e 2000. Apesar desta ligação, as autoridades norte-americanas afirmam que o motivo que levou aos ataques «permanece um mistério». Fala-se que o assassino tinha sido destituído do cargo que tinha no Instituto Superior Técnico enquanto Nuno Loureiro lá estava a estudar. As autoridades americanas têm estado em contato permanente com Portugal. O alegado assassino entretanto foi encontrado morto nos arredores de Boston.