Presidente do Governo espanhol defende as palavras de Guterres sobre o conflito entre Israel e o Hamas

Portugal e Espanha juntam-se para defender Guterres após pedidos de demissão do cargo da parte de Israel

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As palavras do secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre o atual conflito entre Israel e o Hamas continuam a fazer «estragos». Depois de pedidos de demissão da parte de Israel, cancelamento de reuniões ou a não concessão de vistos, os dois países ibéricos saíram em defesa do secretário-geral. Durante o último Conselho de Segurança, Guterres disse que o ataque do Hamas, que os israelitas defendem ser o maior genocídio de judeus desde o fim da II Guerra Mundial, «não veio do nada» e é fruto de uma ocupação asfixiante de 56 anos. As palavras de Guterres levaram a que o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel pedisse a demissão do português, que já está no seu segundo mandato.

Uma das represálias de Israel contra a Palestina foi o corte de abastecimento de bens básicos e o atraso da passagem dos camiões com ajuda internacional. Algo que foi mal-visto por vários países, incluindo Portugal. Em relação a polémica instalada, António Guterres lamenta que as suas palavras tenham sido deturpadas e refere que condena as ações do Hamas, considerado pelos líderes mundiais como um grupo terrorista.

Pedro Sánchez, presidente do Governo espanhol, apoiou Guterres e as palavras que disse sobre o mais recente conflito que afecta o mundo. «Quero transmitir toda a minha afeição e todo o apoio do Governo de Espanha e da sociedade espanhola ao nosso secretário-geral das Nações Unidas, que penso que o que está a fazer é a levantar a voz por uma grande maioria das sociedades do mundo que querem uma pausa humanitária» no conflito, disse, em Bruxelas, Sánchez (que já assinou o princípio de governo com a líder do Sumar) antes de participar na reunião de líderes da União Europeia (UE).

Para o chefe do Executivo espanhol, Guterres apenas expressou o desejo de milhões que querem que o «desastre humanitário» que o conflito está a provocar pare. Também pediu um cessar-fogo urgente para que a ajuda humanitária passa chegar a Faixa de Gaza, onde a população mais precisa. Pedro Sánchez exortou ainda novamente a que se recorra à via diplomática para solucionar este conflito que já ceifou inúmeras vidas de ambos os lados.

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